“E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? — Ao que ele respondeu: Legião é o meu nome, porque somos muitos.” — (Mc
O Mestre legou inolvidável lição aos discípulos nesta passagem dos Evangelhos.
Dispensador do bem e da paz, aproxima-se Jesus do Espírito perverso que o recebe em desesperação.
O Cristo não se impacienta e indaga carinhosamente de seu nome, respondendo-lhe o interpelado: “Chamo-me Legião, porque somos muitos.”
Os aprendizes que o seguiam não souberam interpretar a cena, em toda a sua expressão simbólica. E até hoje pergunta-se pelo conteúdo da ocorrência com justificável estranheza.
É que o Senhor desejava transmitir imortal ensinamento aos companheiros de tarefa redentora.
À frente do Espírito delinquente e perturbado, Ele era apenas um; o interlocutor, entretanto, denominava-se “Legião”, representava maioria esmagadora, personificava a massa vastíssima das intenções inferiores e criminosas. Revelava o Mestre que, por indeterminado tempo, o bem estaria em proporção diminuta comparado ao mal em aludes arrasadores.
Se te encontras, pois, a serviço do Cristo na Terra, não te esqueças de perseverar no bem, dentro de todas as horas da vida, convicto de que o mal se faz sentir em derredor, à maneira de legião ameaçadora, exigindo funda serenidade e grande confiança no Cristo, com trabalho e vigilância, até à vitória final.