“Nem se vindimam uvas dos abrolhos.” — JESUS (Lc
O cristão é um combatente ativo.
Despertando no campo do Senhor, aturde-se-lhe a visão com a amplitude e complexidade do trabalho. Dificuldades, tropeços, cipoais, ervas daninhas…
E o Evangelho, com propriedade de conceituação, elucida que não se pode vindimar nos espinheiros.
Entretanto, teria Jesus assumido a paternidade de semelhante afirmativa para que cruzemos os braços em falsa beatitude?
Se o terreno permanece absorvido pelos abrolhos, o discípulo recebeu inúmeras ferramentas do Mestre dos mestres. Indispensável, pois, enfrentar o serviço.
O Cristo encarou, face a face, o sacrifício pela Humanidade inteira.
Será a existência de alguns espinheiros a causa de nossos obstáculos insuperáveis?
Não. Se hoje é impossível a vindima, ataquemos o chão duro. Lavremos o solo árido. Adubemos com suor e lágrimas.
Haverá sempre chuvas fecundantes do céu ou generosos mananciais da terra, abençoando-nos o esforço. A Divina Providência reside em toda parte.
Não olvidemos o imperativo do trabalho e, depois, em lugar dos abrolhos, colheremos o fruto suave e doce da videira.