Conduta Espírita

CAPÍTULO 13

NA PROPAGANDA

“É necessário que Ele cresça e que eu diminua. " — João Batista. (JOÃO 3:30)

Escudar-se na humildade constante, ao desenvolver qualquer atividade de propaganda doutrinária, evitando alarde, sensacionalismo, demonstrações publicitárias pretensiosas ou métodos de ação suscetíveis de perturbar a tranquilidade pública.

Sem orientação segura, não há propaganda produtiva.

Com critério e temperança, estender a propaganda libertadora dos postulados espíritas até ao recesso das penitenciárias e das colônias de isolamento sanitário, sem depreciar crenças ou sentimentos.

Os mais doentes requerem maior ajuda.

Incentivar o intercâmbio fraterno entre as pessoas e as organizações doutrinárias, através de cartas e publicações, livros e mensagens, visitas e certames especializados, buscando a unificação das tarefas e o esclarecimento comum.

A permuta de experiências equilibra o progresso geral.

Pelo rádio ou pela imprensa leiga, não se estender demasiadamente, a fim de não afastar o aprendiz incipiente.

A Doutrina deve ser ministrada em pequenas porções.

Para não se desviar das finalidades espíritas, selecionar, com ponderação e bom senso, os meios usados na propaganda, mormente aqueles que se relacionem com atividades comerciais ou mundanas.

Torna-se inútil a elevação dos objetivos, sempre que haja rebaixamento moral nos meios.

Usar com prudência ou substituir toda expressão verbal que indique costumes, práticas, ideias políticas, sociais ou religiosas, contrárias ao pensamento espírita, quais sejam sorte, acaso, sobrenatural, milagre e outras, preferindo-se, em qualquer circunstância, o uso da terminologia doutrinária pura.

Uma palavra inadequada pode macular a bandeira mais nobre.

Arredar de si qualquer ansiedade, no tocante à modificação rápida do ponto de vista dos companheiros.

A fé significa um prêmio da experiência.

Conquanto precisemos batalhar incansavelmente no esclarecimento geral, usando processos justos e honestos, não esquecer que a propaganda principal é sempre aquela desenvolvida pelos próprios atos da criatura, através da exemplificação eloquente de nossa reforma íntima, nos padrões do Evangelho.

A Doutrina Espírita prescinde do proselitismo de ocasião.