Conduta Espírita

CAPÍTULO 14

NA TRIBUNA

“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. " — Paulo. (EFÉSIOS 4:29)

Palestrar com naturalidade, governando as próprias emoções, sem azedume, sem nervosismo e sem momices, fugindo de prelecionar mais que o tempo indicado no horário previsto.

A palavra revela o equilíbrio.

Calar qualquer propósito de destaque, silenciando exibições de conhecimentos, e ajustar-se à Inspiração Superior, comentando as lições sem fugir ao assunto em pauta, usando simplicidade e precatando-se contra a formação da dúvida nos ouvintes.

Cada pregação deve harmonizar-se com o entendimento do auditório.

Respeitando pessoas e instituições nos comentários e nas referências, nunca estabelecer paralelos ou confrontos suscetíveis de humilhar ou ferir.

Verbo sem disciplina gera males sem conta.

Sustentar a dignidade espírita diante das assembleias, abstendo-se de historietas impróprias ou anedotas reprováveis.

O orador é responsável pelas imagens mentais que plasme nas mentes que o ouvem.

Nas conversações, não se reportar abusiva e intempestivamente a fatos e estudos doutrinários de entendimento difícil, devendo selecionar oportunidades, quanto a pessoas e ambientes, para tratar de temas delicados.

A irreflexão é também falta de caridade.

Manter-se inalterável durante a alocução, à face de qualquer situação imprevista.

Os momentos delicados desenvolvem a nossa capacidade de auxiliar.

Procurar abolir, em suas palestras, os vocábulos impróprios, as expressões pejorativas e os termos da gíria das ruas.

O culto da caridade inclui a palavra em todas as suas aplicações.

Sempre que possivel, preferir o uso de verbos e pronomes na primeira pessoa do plural, ao invés da primeira pessoa do singular, a fim de que não se isole da condição dos companheiros naturais do aprendizado, com quem distribui avisos e exortações.

Somos todos necessitados de regeneração e de luz.