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Capítulo XVII

Algo de nós



Reconhecemos todos que o mundo atravessa agitadas crises de transição.

Mas podes ser, onde estiveres, a escora de fé, em que outros se apóiem.


Surgem calamidades.

Entretanto, nada te impede ser o refúgio em que se alimente pequenina tarefa socorrista.


Golpes de violência demonstram os desvarios de muitos companheiros da Humanidade.

Todavia, o conhecimento superior te autoriza a efetuar o esforço do reajuste.


Labaredas de discórdia rebentam, às vezes, nos melhores grupos sociais.

No entanto, reténs os necessários recursos de espírito, a fim de restaurar a obra da união.


Tribulações em família se destacam, aqui e ali, com ímpeto arrasador.

Dispões, contudo, de meios precisos para ser um ponto de amparo e compreensão no reduto doméstico.


Ideias estranhas enxameiam no campo da inteligência, tentando desprimorar valores humanos.

Guardas, porém, a possibilidade de ser fiel à dignidade da vida.


Muitos se inclinam para o ódio.

Se quiseres consegues personalizar a presença do amor.


Há quem vibre, favorecendo a guerra.

Serás, no entanto, o toque da paz.


Todos nós, os Espíritos encarnados ou desencarnados, ainda no regime de vinculação ao Planeta Terrestre, estamos vendo as transformações do mundo e compartilhando o trabalho que decorre de todas elas.

Urge reconhecer, porém, que cada um de nós pode ser uma parcela de serviço, acrescentando algo de bom ao processo evolutivo, em que nos achamos irmanados, com vistas à vitória do bem na construção do futuro para o Reino de Deus.