No trato com as chagas da ignorância, na esfera da Humanidade, quais sejam a incompreensão e a vingança, a crueldade e a rebeldia, anotemos a conduta da Misericórdia Divina no quadro das doenças terrestres.
Porque alguém acusa os reflexos tóxicos dessa ou daquela enfermidade, não sofre condenação a permanente desajuste. Recebe a atenção da Ciência, que lhe examina as possibilidades de cura ou melhoria.
Porque o médico deve observar detritos corruptores, não lhe impele a saúde à perturbação e ao relaxamento. Dá-lhes luvas protetoras.
Porque processos infecciosos alterem a constituição celular nessa ou naquela parte da província corpórea, não sentencia a zona atacada à simples extirpação. Oferta-lhe recurso adequado para que elimine a infestação virulenta.
Se grandes lesões comparecem na estrutura do carro físico, ameaçando-lhes a segurança, traça o plano necessário à intervenção cirúrgica, mas não deixa o doente a insular-se no desespero, estendendo-lhe à dor o amparo da anestesia.
Se moléstias epidêmicas surgem, insidiosas, distribui a vacinação que susta o contágio.
Vemos [assim,] que a Lei de Deus não se conforma com o mal; ao contrário, opõe-lhe, a cada instante, o socorro do bem, anulando-lhe a força.
Dessa forma, se os agentes da lama se te infiltram no passo, exibindo aos teus olhos perigosas ações de discórdia e infortúnio naqueles que mais amas, não podes realmente acomodar-te aos golpes com que impulsionam, rudes, à imersão na maldade, mas podes esparzir a água viva do amor, auxiliando em silêncio as vítimas do desequilíbrio que tombam sem saber que se arrastam no lodo.
Usa, pois, cada hora, a compaixão sem termos e o perdão sem limites, porque o próprio Jesus, perante os nossos males, exclamou complacente: — “Em verdade, eu não vim para curar os sãos”. (Lc
Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes] foi publicada em maio de 1960 pela FEB no Reformador e é também a 7ª lição do 2º volume do livro “”.