Cartas do Evangelho

CAPÍTULO 7

CARTA AOS TRISTES



Casimiro Cunha

Alma irmã de nossas almas, Por que vives triste assim?

Todos os males da Terra Chegarão, um dia, ao fim.

Se tens o teu pensamento Na ideia da salvação, Já deves compreender Que o mundo é de provação.

É justo que sintas muito As lágrimas da saudade, Que chores um ente amigo Na senda da iniquidade.

É certo que neste mundo, Onde há espinho em toda a estrada Não há lugar para o excesso Do riso ou da gargalhada.

Mas, ouve. O amor de Jesus É como um sol de harmonia.

Quem se banha em Sua luz Vive em perene alegria.

Demasia de tristeza É sinal de isolamento.

Quem foge à fraternidade Busca a sombra e o desalento.

Guarda o bem de teus esforços Num plano superior, Não há tristeza amargosa Para quem ama o labor.

Transforma as experiências Pelas quais hajas passado, Num livro fraterno e santo Que ampare o mais desgraçado.

O serviço de Jesus É tão grande, meu irmão, Que não oferece ensejo A qualquer lamentação.

O senso de utilidade Deve sempre andar contigo.

Transforma em vaso de amor Teu coração brando e amigo.

Dá sorrisos, esperanças, Ensinos, consolação.

Espalha o bem que puderes Na senda da redenção.

Enche a tua alma de fé, De paz, de amor, de humildade.

Não há tristeza excessiva Onde exista a Caridade.

Quando, de fato, entenderes A caridade divina, Tua dor será no mundo Como fonte cristalina.

Dá sempre. Trabalha. Crê.

E a tua fonte de luz Há de cantar sobre a Terra Os júbilos de Jesus.