Cartas do Evangelho

CAPÍTULO 26

CARTA AOS CÔNJUGES



Casemiro Cunha

Meus irmãos, o matrimônio É um instituto divino, Onde o trabalho em comum É luz de amor e de ensino.

O lar é um templo sagrado De vida superior, Onde começa no mundo A lei sublime do amor.

Toda a harmonia terrestre, Em circunstâncias quaisquer, Tem seu início sagrado No marido e na mulher.

São ambos um corpo só, Em doce consagração.

Se o homem é a cabeça, A mulher é o coração.

Cada um no seu lugar, São iguais pelo dever No santo esforço que as mãos Nunca cessam de fazer.

Sem a máxima união Na intimidade do lar, Esse corpo transcendente Não consegue funcionar.

Porventura, já se viu Coração sobre a cabeça?

Ou ambos em separado, Funcionando em vida avessa?. . .

Se a mulher é sentimento, Se o homem é luta e ação, Devem ambos ser unidos No plano da educação.

Para que um lar seja o pouso Do carinho e da esperança, Jamais se esqueça o regime Do amor e da confiança.

Harmonia em toda a casa Faz da vida um campo em flor.

Ciúme é a erva daninha Que mata as rosas do amor.

Intriga e relaxamento São treva e calamidade, Trazendo consigo o atrito Que queima a felicidade.

Se há lutas pelo caminho, A ventura dos casais Consiste em reconhecer Que o perdão nunca é demais.

Quem recebeu a missão Desse instituto de amor Tem solenes compromissos Perante as leis do Senhor.

Façam, pois, do lar terrestre A estrada de salvação, Onde Jesus plante as flores De vida e de redenção.