Neste capítulo, peço a permissão para me estender um tanto mais na resposta. A mulher brasileira, no Estado de Goiás, conserva padrões de absoluta segurança, com luminosa orientação para ser feliz e para continuar a ser a missionária do bem e do progresso.
Em se falando das senhoras goianas, peço licença – já que estou visitando a capital de Goiás com os meus melhores sentimentos de admiração e respeito – peço licença para pronunciar o nome de duas damas que não podemos omitir numa reunião como esta: rendemos aqui o nosso testemunho de veneração à Exma. Sra D. Maria de Lourdes Caiado, muito digna esposa do Sr. Governador do Estado de Goiás, e a Exma.
Sra. Antonieta Costa Silva, muito digna esposa do Exmo. Sr. Prefeito esta Capital.
Exclareço que não me cabe aqui agir de outro modo, isto é, sem qualquer espírito de bajulação, joa que me sinto vinculado ao maior apreço pela terra goiana, incluindo as senhoras que a representam.
Dito isto, recordemos algumas das senhoras goianas no brasil: iniciemos a nossa homenagem pela figura extraordinária de D Maria Josefa Cunha Bueno, ilustre filha do Goiás, qu desposou, neste estado, o advogado Dr. José Silveira e Souza e que, em se transferindo para Minas Gerais, foi a respeitada genitora de D. Bárbara Heliodora, a esposa do Dr. Inácio Alvarenga Peixoto e inspiradora da Inconfidência Mineira, impelindo-nos a reconhecer que a presença da mulher goiana na 1nconfidência Mineira é indiscutível.
Destaquemos D. Damiana da Cunha, a inesquecível neta da grande chefe caiapó e muito digna esposa do Sr. João Pereira da Cruz que se consagrou de modo definitivo ao socorro de nossas populações rurais, despendendo a existência inteira, auxiliando, amparando, não somente a comunidade goiana, mas toda a comunidade brasileira, na terra abençoada de Goiás.
Impossivel esquecer D. Eurídice Natal que na tarde de 12 de Outubro de 1904, no Palácio Conde dos Arcos na Capital primogênita de Goiás, foi aclamada, aos 19 anos de idade, muito digna Presidenta da Primeira Academia de Letras da terra goiana e muito nos honramos em dizer que, segundo informes históricos respeitáveis, D.
Eurídice Natal, nesse dia, em plena juventude, compôs célebre discurso, louvação justa ao grande Bartolomeu Bueno da Silva Filho, discurso esse que foi considerado naquela tarde, na Cidade de Goiás, como sendo primorosa peça de sentimentos humanos ajustados à lingua Portuguesa.
Honorificamos aqui o civismo de D. Maria Alves Guimarães, doando terras de seu patrimônio particular para a fundação da nova capital de Goiás, em cuja grandeza arquitetônica nos encontamos neste momento.
Homenageamos com o nosso reconhecimento as grandes damas goianas, de ontem e de hoje, que tomamos a liberdade de lembrar, do ponto de vista de alguns nomes apenas, porque o nosso respeito e o nosso amor se dirigem a todas elas.
Atualmente ser-nos-à obrigação salientá-las n Assistência Social, na Cultura, no Magistério, nos 5alores Artísticos so Estado de Goiás – e rogamos desculpas por situar-lhes os nomes sem a determinada ordem cronológica de suas beneméritas presenças em nosso plano social – mas essas senhoras todas estão em nossa memória e, desde a meninice, consagramos a todas elas o nosso mais profundo apreço.
Referi-nos a D. Leo degária de Jesus, a D. Araci Guimarães Monteiro, a Madre Tomásia Rosa, a grande professora que foi D. Pacífica de Castro, a abnegada mestre Gnola que preparou a inteligência de tantos goianos e brasileiros ilustres para a vida nacional.
Recordamos D. Neli Alves de Almeida, D. Maria Antonieta Alessandri, D. Gercina Teixeira, D. Ofélia Sócrates Nascimento Monteiro, D. Violeta Metan Fleury Curado e tantas outras magnânimas figuras do progresso goiano, na evolução do Brasil de todos os tempos, razão pela qual nos sentimos à vontade para declarar qua a mulher goiana não precisa buscar padrões no Exterior para criar os seus figurinos de comportamento na defesa do lar e do grupo social, segundo os preceitos de Jesus Cristo.