Chico Xavier Em Goiania

CAPÍTULO 35

Qual a explicação que pode ser dada pelo Espiritismo acerca do transplante de órgãos e qual a explicação, acreditável ou não, do congelamento de pessoas que estão fadadas à desencarnação para que, posteriormente, depois de descoberta a cura da doença, que



Não nos é lícito desconsiderar as conquistas da ciência neste particular, porque o transplante de córnea é de êxito absoluto e provavelmente, amanhã, no futuro próximo ou talvez remoto, a ciência poderá garantir os transplantes de órgãos entre criaturas vivas, considerando-se o doador como pessoa prestes a partir da existência material, entendendo-se, porém, que os órgãos plásticos serão sempre os órgãos ideais para a solução das questões de ortopedia em nossa vida física, propriamente considerada.

Mas é possivel que em amanhã muito próximo tenhamos os bancos de órgãos de criaturas que possam doar o corpo todo para que a ciência congele os restos que remanescer de nossa experiência no mundo físico, aproveitando, e muito acertadamente, determinadas engrenagens que a morte tentou aposentar e que ainda possam servir aos que continuam trabalhando e lutando por uma vida melhor neste mundo.

Este para nós é o problema do transplante.

Quanto ao congelamento de cadáveres ou de pessoas prestes a partir da Terra e que preferem o congelamento, esperando a ressureição no corpo do futuro, diz o nosso Emmanuel que no Egito Antigo o processo de mumificação era mais ou menos semelhante;que muitos espíritos ficavam ligados por força da provação deles mesmos aos restos mortais nas tumbas que lhe diziam respeito, de vez que a mumificação era tão perfeita que a criatura permanecia ligada aos próprios restos, esperando retormar o corpo físico para a continuidade mais longa da jornada da Terra.

De modo que isso, na essência, vem de longe.

Na atualidade, o assunto vem merecendo considerações especiais e é possivel que muitos espíritos permaneçam também ligados a implementos físicos que lhes hajam pertencido e que estejam em regime de congelamento.

Embora a maioria desista de esperar a volta, muitos poderão talvez voltar, mas não sabemos ainda em que condições estará o cérebro de um corpo congelado por muito tempo para funcionar nas condições de cabine destinada ao controle do espírito reencarnado que deseja estabelecer a ordem sobre a sua própria vida orgânica, a fim de ser útil na Terra.

Pergunta de conceituado jornalista goiano, católico por formação e convicção: "Sou dos que acreditam todavia em todas as religiões, desde que se consagrem ao bem e objetivem ao supremo Criador.

Não acredito, porém, em sucessivas reencarnações pelas quais ocorreria a evolução do espírito, conforme sustenta a Doutrina Espírita, mas numa vida eterna que obviamente não é a terrena.

Assim, cada qual com seu mundo interior desconhecido, porque ninguém conhece a si mesmo, cria psicologicamente seu próprio inferno, seu próprio céu".

O preâmbulo vem a propósito da seguinte pergunta: