Há quem diga que existem homens absolutamente sem fé; no entanto, a fé expressa em si mesma um agente indispensável nos mais simples processos da existência.
Um companheiro nessas condições, talvez ainda não consiga assimilar a confiança nas Leis Divinas que nos regem, mas não conseguirá dispensar a fé no trânsito das horas.
Ainda que não perceba, semelhante amigo estará usando a fé nas menores tarefas que lhe digam respeito.
Confiará no motorista de cujo trabalho se aproveita para ganhar tempo e distância;
acreditará na casa bancária que lhe preserva as economias, de cujo chefe nem sempre conseguirá apertar as mãos;
entregar-se-á ao médico, sempre que necessite reajustar a saúde;
confia no laboratório que lhe fornece o medicamento indicado a reequilibrar-lhe as energias orgânicas e crerá na higiene e na experiência de quem lhe prepara a alimentação.
É inútil que esta ou aquela pessoa se declare inteiramente sem fé, porquanto sem confiar em alguém ou sem acreditar no valor de recursos determinados, ninguém poderá viver.