Louvando os “pobres de espírito”, (Mt
Abençoava a humildade, que nos conduz à fonte da paz.
Salientava a sobriedade que nos garante o equilíbrio.
Destacava a paciência que nos dilata a oportunidade de aprender e servir.
Se procuras o Mestre do Evangelho, não admitas que a tua fé se transforme em combustível ao fogo da ambição menos eficiente.
Vale-te da lição de Jesus, à maneira do lavrador vigilante que sabe selecionar as melhores sementes a fim de enriquecer a colheita próxima ou à maneira do viajor que guarda consigo a lâmpada acesa para a vitória sobre as trevas.
Muita gente se alinha nos santuários da Boa Nova, procurando em Cristo um escravo suscetível de ser engajado a serviço de seus escusos desejos, buscando na proteção do Céu, favorável clima à infeliz materialização de seus próprios caprichos, enquanto milhões de aprendizes da Divina Revelação se aglomeram nos templos do Mestre em torneios verbalísticos nos quais entronizam a vaidade que lhes é própria, tentando posições de evidência nos conflitos e tricas da palavra, em que apenas efetuam a mal versão das riquezas do espírito.
Se a Doutrina Redentora do Bem Eterno é o caminho que te reclama a sublime aquisição da Vida Superior, simplifica a própria existência.
Evitemos complicações e exigências que nada realizam em torno de nós senão amargura, desencanto e inutilidade.
Recebamos o dom das horas, como quem sabe que o tempo é o mais valioso empréstimo do Senhor à nossa estrada e, convertendo os minutos em ação construtiva e salutar, faremos a descoberta de nosso próprio mundo íntimo, em cuja maravilhosa extensão, a paz e o trabalho são os favores mais altos da vida.
Contentemo-nos em estruturar com bondade e beleza o instante que passa, cedendo-lhe o melhor de nós mesmos, a favor dos que nos cercam, e descerraremos o novo horizonte, em que a plenitude da simplicidade com Jesus nos fará contemplar, infinitamente, a eterna e divina alegria.