Construção do Amor

Capítulo VI

Banquete interior



O conhecimento evangélico em nosso mundo íntimo é sempre milagrosa festa de luz.

É o banquete com o Pão que desceu do Céu, a inundar-nos de paz, esperança, fortaleza e alegria…

Nossos velhos amigos — os ideais de felicidade que abraçamos — encontram novo apoio e se materializam em trabalho promissor de fé, vaticinando-nos abençoado futuro.

Alimentam-se, triunfantes à nossa mesa farta de júbilo, e como que se exteriorizam, constantemente, através de pregações valiosas e apontamentos sublimes, no entusiasmo com que nos devotamos à salvação alheia.


Mas, temos também, na intimidade de nosso coração, antigos adversários do nosso equilíbrio e da nossa paz que, raramente, convocamos ao nosso deslumbramento.

É o orgulho — louco inimigo do nosso progresso…

É a vaidade — infeliz companheira de nossos desequilíbrios…

É a preguiça mental — infortunada mendiga, que estima residir conosco, paralisando os impulsos de servir…

É o egoísmo — lamentável amigo destruidor, que teima em cristalizar-nos nas sombras da ignorância…

É o ódio — milenário perseguidor a inclinar-nos para o despenhadeiro da vingança…

É a ingratidão — triste comparsa de delitos escuros, a seguir-nos de remoto passado, induzindo-nos à dureza de coração.

É o desânimo — mísero pedinte, asilado em nossa alma, encarcerado nas trevas do medo de trabalhar e de algo fazer, na sementeira da caridade e da luz…


Convidemos todos esses velhos companheiros de jornada evolutiva para o banquete do Evangelho em nosso templo íntimo.

E, de certo, se converterão em cooperadores prestimosos de nosso reajuste, transformando-nos em vivo santuário de bênçãos, para a execução plena e vitoriosa da Vontade de Deus.