Não é difícil encontrar, entre os nossos irmãos do mundo, aqueles que, embora sofredores, não se catalogam entre os bem-aventurados, aos quais Jesus se referiu.
São companheiros que se voltam contra os obstáculos suscetíveis de ofertar-lhes a precisa oportunidade de ascensão às mais altas experiências.
Muitos deles se acolhem à rebeldia sistemática, contraindo débitos que os afetam, de imediato.
No Plano Espiritual, vemo-los frequentemente:
São amigos padecentes que, em verdade, passaram pelo crivo do sofrimento, entrando, porém, nas perturbações decorrentes da deserção dos deveres que lhes cabiam cumprir.
São irmãos que conheciam o valor dos entraves que poderiam transpor, a benefício de si mesmos, e acabaram situados nas sombras da delinquência.
São colaboradores das boas obras que as desfiguraram, estabelecendo dificuldades para si próprios pela intolerância para com os outros.
São companheiros que articularam problemas e desafios para aqueles que lhes hipotecavam confiança e carinho e deles se afastaram deliberadamente, procurando escapar às responsabilidades que eles mesmos escolheram para observar e viver.
São todos aqueles outros irmãos que preferiram o desespero diante das provações de que necessitavam para o próprio burilamento e se enveredaram, conscientemente, através dos resvaladouros da inconformação e da indisciplina, para as alucinações da angústia e do suicídio.
Realmente, afirmou-nos Jesus: “Bem-aventurados os que choram porque serão consolados…” (Mt