Não é a autoridade que solapa a elevação da alma.
É o abuso do poder.
Não é a inteligência que destila o veneno intelectual.
É a maldade com que a mobilizamos.
Não é o tesouro verbalístico que abre feridas naqueles que nos ouvem.
É o modo com que arremessamos o estilete da palavra.
Não é a beleza da forma que gera o fel do desencanto.
É a vaidade com que a malbaratamos no desequilíbrio.
Assim também não é o dinheiro que nos condena aos processos da angústia.
É a nossa maneira de empregá-lo, quando nos esquecemos de facilitar a corrente do progresso, através da ação diligente na fraternidade e do devotamento ao bem, com que nos cabe colaborar no engrandecimento do trabalho e da vida.
O ouro com Jesus é bálsamo na úlcera do enfermo, é gota de leite à criancinha desvalida, é remédio ao doente, é agasalho aos que treme de frio, é socorro no lar sitiado pelo infortúnio, é assistência aos braços que suplicam atividade digna, é amparo aos animais e proteção à Natureza.
O cofre forte nas garras da sovinice é metal enferrujado, suscitando a penúria, mas um vintém no serviço de Jesus pode converter-se em promissora sementeira de paz e felicidade.
Não amaldiçoes o dinheiro, instrumento passivo em tuas mãos.
Faze-o servir contigo, sob a inspiração do Cristo, e todas as tuas possibilidades financeiras serão valiosos talentos em teu caminho, cooperando com o teu esforço, na edificação do Reino de Deus.