Não te detenhas no poder aquisitivo do ouro terrestre para fazer o bem.
Anota a riqueza dos teus conhecimentos e não menosprezes o companheiro ainda enleado no espinheiro da ignorância.
Considera o tesouro da fé que te enriquece o entendimento e aprende a desculpar o irmão em dificuldade que talvez se encontre no precipício da negação.
Medita sobre a luz que te brilha na compreensão e não reproves o infeliz que ainda tateia nas trevas.
Analisa o patrimônio de amor que te vivifica a existência e auxilia as vítimas do ódio que não souberam edificar para si mesmas senão o reduto do sofrimento.
Examina as tuas conquistas de segurança pessoal e não passes de largo, à frente dos caídos em desânimo ou desesperação.
Relaciona os valores da saúde que te consolidam o relativo equilíbrio na Terra e não perca a serenidade e a paciência com os enfermos que te reclamam devotamento e carinho.
Mentaliza a riqueza de tuas horas, de tuas palavras, de teus movimentos livres.
Reflete no acervo de bênçãos amontoadas em teus olhos que vêm, em teus ouvidos que ouvem, em teus pés que andam e em tuas mãos que trabalham.
Quem será mais rico de verdadeira felicidade, o homem que agoniza sobre um monte de ouro ou aquele que pode respirar os perfumes do vale, entre a paz do trabalho e a misericórdia da luz?
Não admitas que a caridade seja tarefa exclusiva dos que acumularam o dinheiro do mundo. Ao invés disso, compadece-te do irmão que se fez sovina, aferrolhando o próprio coração, entre as duras paredes de um cofre forte.
Recordemos o Divino Doador da Vida Imperecível. Cristo, sem monumentalizar o amor em obras de metal ou de pedra, com um simples berço de palha e com uma cruz de sacrifício a lhe emoldurarem o ministério de fraternidade, espalhou a beleza e a paz, o otimismo e a compreensão em todos os escaninhos do mundo, a benefício de todas as gerações.
Em matéria de auxiliar, dividamos a nossa própria alma, na prestação do serviço infatigável da boa vontade para com todos.
E, com semelhante investimento, estejamos convencidos de que toda a penúria do nosso passado não nos subtrairá o tesouro de bênçãos que acumularemos, nos altos caminhos da vida, a brilhar perenemente em nosso grande futuro.