Reparaste-me os erros, no entanto, peço me mostres o caminho para que eu venha a trilhá-lo.
Acordei para o bem, sonhando servi-lo com fidelidade e pureza, contudo, numerosos quadros da vida anuviaram-me o coração.
Segui amigos que me traçaram rotas de luz, enredando-se nas armadilhas da sombra.
Induziram-me à abnegação e ao desprendimento, disputando as posses da Terra.
Aconselhavam-me a ajuda sem recompensa, agarrando-se ao próprio interesse.
Chamavam-me à humildade, exaltando a si mesmos.
Quantos falaram de tolerância e de paciência! Trazidos, porém, à hora do sacrifício derramavam azedume e pessimismo como se trouxessem no peito um vaso de fogo e fel.
Por isso, muitas vezes, tenho a desorientação instalada em minhalma.
Sei que meus modos te ferem, que as minhas palavras te afligem… Ainda assim, perdoa-me para que te possa compreender.
Não te busco a proteção como quem reclama. Rogo-te auxílio moral, por amor do Cristo, que morreu na cruz para que entendêssemos a verdade.
Todavia, não me fales apenas. Ensina-me como devo fazer.
(Psicografia de F. C. Xavier)