Eles, os Embaixadores Divinos, quando chegam a nós, Espíritos internados na escola da evolução, trazem consigo as harmonias supremas.
Expressam-se raramente por estruturas humanas, conquanto permitam que artistas de sentimentos elevados lhes imaginem a forma nas alegorias da abstração ou na linguagem dos símbolos.
Manifestam-se quase sempre por influxos de sabedoria e beleza, amor e refazimento.
São frêmitos de esperança, alavancas intangíveis de força, clarões relampagueantes no firmamento da alma, a se lhe espelharem nas telas do pensamento por ideias sublimes e sonhos majestosos, visões interiores de magnificência intraduzível, cujo fulgor recorda a auréola solar dissipando as trevas!…
Abeiram-se das mães fatigadas de pranto e renovam-lhes a ternura para que afaguem de novo os filhos ingratos;
aproximam-se dos corações exaustos de sacrifício, impelindo-os a converter soluços de sofrimento em cânticos de alegria;
envolvem o cérebro daqueles que se consagram espontaneamente à felicidade dos semelhantes e comunicam-lhes o lume da inspiração, que [se] lhes transfigura, no campo mental, em cores e melodias, invenções e modelos, composições literárias e revelações científicas, poemas e vozes, hinos à bondade e planos de serviço que atendam anseios e aspirações das criaturas famintas de acesso aos reinos superiores do Espírito;
abraçam os lidadores do bem e reaquecem-lhes os corações para que não se imobilizem, sob o granizo da calúnia, e nem se entorpeçam, ao verbo gelado e fulgurante das filosofias estéreis;
beijam a fronte pastosa dos agonizantes que aguardam tranquilamente a morte, rociando-lhes o olhar com lágrimas de júbilo ao desvendar-lhes os gloriosos caminhos da liberdade;
enlaçam os servidores humildes que suam e choram na gleba, a fim de que o mundo se abasteça suficientemente de pão, e levantam-lhes a cabeça para a contemplação do Céu…
Quando a ventania da adversidade te assopre desalento ou quando a sombra da provação te mergulhe em nuvens de tristeza, recorre a eles, os Embaixadores Divinos do Amor Eterno, e sentirás, de imediato, o calor da fé, nutrindo-te a paciência e acalentando-te a vida.
Para isso, basta te recolhas à paz do silêncio acendendo em ti mesmo leve chama de oração por atalaia de luz.
A presente mensagem, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi publicada originalmente em 1963 pela editora CEC e é a 54ª lição do livro: “”.