TEMA — O valor da cooperação fraterna.
Compreensível o espírito de previdência que induz o homem a se preservar contra a penúria.
A formação bancária na garantia comum, os estabelecimentos de segurança pública, as organizações da economia popular sem estímulo à usura e os institutos de proteção recíproca representam aquisições de inegável valor para a comunidade.
Ninguém deve menosprezar o ensejo de se resguardar contra a exigência imprevista.
Essa realidade, patente no Plano material, não é menos tangível no Reino do Espírito. Urge depositar valores da alma, nas reservas da vida, considerando as nossas necessidades de amanhã.
A interdependência guarda força de lei, em todos os domínios do Universo.
Caridade é dever, porque, se os outros precisam de nós, também nós precisamos dos outros. Não esperes, porém, pelo poder ou pela fortuna terrestres a fim de cumpri-la.
Faze os teus investimentos de ordem moral com o que tens e com o que és.
Começa agora. Quotas pequeninas de força monetária totalizam grandes créditos. Migalhas de bondade formam largos tesouros de amor.
Relaciona algumas das possibilidades ao alcance de todos:
o minuto de cortesia;
o testemunho de gentileza;
o momento de tolerância, sem nenhum apelo à crítica;
a referência amistosa;
a frase encorajadora;
a demonstração de entendimento;
a desculpa espontânea, sem presunção de superioridade;
a conversação edificante;
a pequenina prestação de serviço;
o auxílio além da obrigação…
No capítulo da propriedade, lembra-te da própria alma — a única posse inalienável de que dispões — e, recordando que precisas e precisarás de recursos sempre maiores e sempre novos para evoluir e elevar a própria vida, não te esqueças de que podes, a todo instante, trabalhar e servir, investindo felicidade e cooperação com ela.