P – Gostaria de saber como uma pessoa pode notar que é dotada de mediunidade, quais as vantagens espirituais oferecidas pela mesma, e como essa pessoa deve proceder?
R – Pelas palavras do nosso caro Nilson Tarcísio, estamos vendo que a turma do Colégio Estadual de Uberaba é formada mesmo de corações maravilhosos.
Estou longe de merecer esse conceitos tão generosos, mas agradeço de coração e tomo isso como uma Reprimenda Luminosa, para que eu seja um dia aquilo que os outros esperam que eu seja, sem que eu o seja de imediato.
Vamos dizer, a mediunidade é peculiar a toda criatura humana; todas as pessoas são portadoras e valores mediúnicos que podem ser cultivados ao máximo, desde que a criatura se dedique a esse gênero de trabalho espiritual. De modo que, muitas vezes, encontramos uma certa dificuldade no problema mediúnico dentro da Doutrina Espírita.
De modo geral, a pessoa só se diz médium quando se sente vinculada a um processo obsessivo; quando sente arrepios, muita perturbação, muito assédio, muita angústia, então se diz que essa pessoa é médium. Bem, aí já é médium assediado, médium doente. A mediunidade está enferma. Mas a pessoa sã, em plenitude dos seus valores físicos, pode perfeitamente estudar a própria mediunidade e ver qual o caminho que suas faculdades mediúnicas podem tomar.
Uma criatura que desenvolva a sua própria mediunidade, desenvolve-a educandose, procurando aprimorar a sua capacidade cultural, os seus valores, vamos dizer, os seu valores de experiência humana, os seus contatos no campo da humanidade, o seu dom de servir; essa criatura encontra na mediunidade, um campo vastíssimo de trabalho e de felicidade, porque a felicidade verdadeira vem do trabalho bem aplicado, daquele trabalho que se constitui um serviço pelo bem de todos.
E o médium, dentro da Doutrina Espírita, é uma criatura não considerada fora de série de criaturas humanas. O médium é um ser humano, com as franquezas e as perfeições potenciais de toda a criatura terrestre.
Então, a Doutrina espírita é mãe Generosa porque acolhe a criatura humana e faz dela um médium, mesmo que tenha muitos erros e muitos acertos, mas, depois, do curso do tempo, os acertos vão abafando os erros e a criatura pode terminar a existência com grande merecimento. Porque pelo trabalho na mediunidade, trabalho pelo bem comum, ela vence esse peso, que é o mais importante no mundo. Vencer a nós mesmos do ponto de vista das tendências inferiores que estejamos carregando. Falo isso a meu respeito, porque não creio que ninguém carregue tanta imperfeição como eu. . .