Estude e Viva

Capítulo LXXIV

Algumas atitudes que o orador espírita deve evitar




Falar sem antes buscar a inspiração dos Bons Espíritos pelos recursos da prece.

Desprezar as necessidades dos circunstantes.

Empregar conceitos pejorativos, denotando desrespeito ante a condição dos ouvintes.

Introduzir azedume e reclamações pessoais nas exposições doutrinárias.

Atacar as crenças alheias, conquanto se veja na obrigação de cultivar a fé raciocinada, sem endosso a ritos e preconceitos.

Esquecer as carências e as condições da comunidade a que se dirige.

Censurar levianamente as faltas do povo e desconhecer o impositivo de a elas se referir, quando necessário, a fim de corrigi-las com bondade e entendimento.

Situar-se em plano superior como quem se dirige do alto para baixo.

Adotar teatralidade ou sensacionalismo.

Veicular consolo em bases de mentira ou injúria, em nome da verdade.

Ignorar que os incrédulos ou os adventícios do auditório são irmãos igualmente necessitados de compreensão quais nós mesmos.

Fugir da simplicidade.

Colocar frases brilhantes e inúteis acima da sinceridade e da lógica.

Nunca encontrar tempo para estudar de modo a renovar-se com o objetivo de melhor ajudar aos que ouvem.

Ensinar querendo aplausos e vantagens para si, esquecendo-se do esclarecimento e da caridade que deve aos companheiros.

“Ide e pregai o Reino de Deus”, conclamou-nos o Cristo. (Mc 16:15) E o Espiritismo, que revive o Evangelho do Senhor, nos ensina como pregar a fim de que a palavra não se faça vazia e a fé não seja vã.



(Psicografia de Waldo Vieira)


TEMAS ESTUDADOS NESTE E NO CAPÍTULO ANTERIOR

Aprendizado mediúnico — Assistência aos médiuns — Deveres na tribuna espírita — Disciplina — Palavra espírita — Trabalho e discernimento