Nosso Mestre
CAPÍTULO 150
Amor divino e crueldade humana
Durante muitos séculos mandou Deus os seus mensageiros para falar aos homens das coisas do céu. Por fim, lhes enviou seu próprio Filho Jesus Cristo. Os judeus, porém, perseguiram e mataram esses enviados de Deus.
Pelo que a boa nova da salvação lhes será tirada e levada aos gentios. Ai do homem que desprezar a graça de Deus!
Deus é paciente, mas também é justo.
Propôs Jesus ao povo a seguinte parábola:
"Um homem plantou uma vinha e arrendou-a a uns lavradores; e ausentou-se do país por muito tempo. Chegado o tempo, mandou aos lavradores um servo para que lhe entregassem o quinhão dos frutos. Os lavradores, porém, espancaram-no e despediram-no de mãos vazias. Enviou mais outro servo; mas espancaram também a este, cobriram-no de afrontas, e despediram-no de mãos vazias. Enviou ainda um terceiro; mas feriram 69 também a este e lançaram-no fora. Disse então o dono da vinha: Que farei? Mandarei meu filho querido; a esse não deixarão de respeitar.
Mas, quando os lavradores o avistaram, disseram entre si: Este é o herdeiro.
Vamos matá-lo, e será nossa a herança. Lançaram-no, pois, fora da vinha e o mataram.
Ora, que lhes fará o dono da vinha?
Virá e dará cabo daqueles lavradores e arrendará a sua vinha a outros.
Ouvindo isto, disseram eles: "Tal não permita Deus!" Jesus, porém, os fitou e disse: "Que quer, pois, dizer a palavra da Escritura: A pedra que os arquitetos rejeitaram, esta se tornou pedra angular? Quem cair sobre esta pedra será espedaçado; e sobre quem ela cair, será esmagado".
Ainda na mesma hora procuraram os escribas e príncipes dos sacerdotes deitar-lhe as mãos; mas temiam o povo. É que tinham reparado que a parábola se referia a eles (Lc. 20, 9-19).