As almas, no fundo, são semelhantes às plantas no campo imenso da vida. Repara, desse modo, o que produzes.
Corações isolados na sensibilidade egoística, receando dissabores no relacionamento com o próximo, parecem cardos amargosos na terra seca.
Verbos maledicentes que encontram motivo para a crítica destruidora, nos menores acontecimentos de cada dia, simbolizam a urtiga brava, sempre disposta a ferir.
Inteligências ruidosas na reiterada exposição de nobres ideais que nunca realizam, lembram arbustos ricos de folhagem, que jamais se confiam à frutescência.
Companheiros ociosos e entediados da luta humana, em fuga das elevadas obrigações que o mundo lhes assinala, oferecem pontos de contato com o cipó absorvente que, enlaçado a outras plantas, lhes suga a vitalidade e lhes furta a existência.
Almas em sofrimento constante que sabem cultivar a fé e a esperança, ofertando a quem passa os melhores testemunhos de amor e coragem são roseiras abençoadas, produzindo flores de paz e alegria, sobre os espinheiros terrestres.
Espíritos generosos e amigos, que buscam a intimidade com a luz da compreensão e do serviço, apresentam similaridade com as copas opulentas, sempre habilitadas a socorrer quem lhe procura o regaço acolhedor, com a sombra refrigerante ou com o fruto nutriente.
Irmãos prestimosos parecem valiosas plantas medicinais, cuja essência consegue curar inquietações e feridas.
Espíritos benevolentes e sábios, no apoio incessante à Humanidade, surgem por troncos veneráveis, de que o homem retira a madeira de lei para o lar que lhe serve de berço e templo, escola e moradia.
Observa o que fazes. Por tuas demonstrações e exemplos no recanto em que o Senhor te situou, o mundo conhecer-te-á, de perto, e abençoará ou corrigirá tua vida.