Instrumentos do Tempo

Capítulo XVI

Chamados e escolhidos



(Mt 22:14)

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Estejamos convencidos de que ainda nos achamos a longa distância do convívio com os eleitos da Vida Celeste; entretanto, pelo chamamento da fé viva que hoje nos traz ao conhecimento superior, guardemos a certeza de que já somos os escolhidos:

para a regeneração de nós mesmos;

para o cultivo sistemático [diário] e intensivo do bem;

para o esquecimento de todas as faltas do próximo, de modo a recapitular com rigor as nossas próprias imperfeições, redimindo-as;

para o perdão incondicional, em todas as circunstâncias da vida;

para a atividade infatigável na confraternização verdadeira;

para auxiliar aos que erram;

para ensinar aos mais ignorantes que nós [mesmos];

para suportar o sacrifício, no amparo aos que sofrem, sem a graça da fé renovadora que já nos robustece o espírito;

para servir, além de nossas próprias obrigações, sem direito à recompensa;

para compreender os nossos irmãos de jornada evolutiva, sem exigir que nos entendam;

para apagar as fogueiras da maledicência e do ódio, da discórdia e da incompreensão, ao preço de nossa própria renúncia;

para estender a caridade sem ruído, como quem sabe que ajudar aos outros é enriquecer a própria existência;

para persistir nas boas obras sem reclamações e sem desfalecimentos, em todos os ângulos do caminho;

para negar a nossa antiga vaidade e tomar, sobre os próprios ombros, cada dia, a cruz abençoada e redentora de nossos deveres, marchando, com humildade e alegria, ao encontro da vida sublime…


A indicação honrosa nos felicita.

Nossa presença nos estudos do Evangelho expressa o apelo que flui do Céu no rumo de nossas consciências.

Chamados para a luz e escolhidos para o trabalho. Eis a nossa posição real nas bênçãos do “hoje”. E se quisermos aceitar a escolha com que fomos distinguidos, estejamos certos igualmente de que em breve “amanhã” comungaremos felizes com o nosso Mestre e Senhor.




Essa mensagem, diferindo na palavra marcada e [entre colchetes] foi publicada em outubro de 1956 pela FEB no Reformador e é também a 344ª lição do 1º volume do livro “”