Referimo-nos, com frequência, às dificuldades para que a paz se estabeleça, no relacionamento entre os homens.
Sabemos que o amor ao próximo, traduzindo ação na caridade é o caminho para semelhante conquista.
Ser-nos-á preciso, porém, impregnar a própria alma no bálsamo da compreensão, a fim de alcançá-la.
Recordemos que nenhum de nós — os Espíritos ainda vinculados à evolução da Terra — estará sem alguma necessidade por atender.
Quando estendas as mãos no socorro aos companheiros em penúria material, não olvides doar entendimento àqueles outros que parecem desvairados na ambição destrutiva, esquecidos de que a fortuna é um dom de Deus para que a bênção do progresso geral alcance a vida comunitária.
Amparando aos doentes do corpo, com os recursos possíveis, não sonegues simpatia para com aqueles que deliram nas ideias da posse absoluta, desfrutando levianamente as bênçãos de Deus, como se Deus não existisse.
Ensina o caminho do bem aos corações ainda incultos, entretanto, não condenes os companheiros que trazem o cérebro iluminado pelo conhecimento superior, sem coragem de trilhá-lo.
Auxilia aos irmãos que se mostram avançados na quilometragem da idade física, às vezes, amargurados pela marginalização ou pelo abandono dos entes que mais amam, entretanto, ajuda como puderes àqueles outros que se encontram, ainda, no verde da juventude, sob o risco de queda em perigosos enganos.
Ampara os fortes, para que não esmoreçam nas boas obras e escora os fracos que perderam a confiança em Deus e em si mesmos.
Ajuda aos bons para que se façam melhores e inclui no teu pronto-socorro de oração aqueles que, por enquanto, se deixam marcar pela moléstia da crueldade.
Todos somos credores do auxílio uns dos outros. O ódio, em suas múltiplas variações, é a sombra que escraviza às algemas da expiação e do sofrimento milhões de criaturas terrestres.
Imaginemos a libertação como sendo o templo do amor ao próximo. A porta de acesso a semelhante santuário tem o nome de serviço, mas não podemos esquecer que a compreensão é a chave.