Irmão

Capítulo VIII

Perfeição e aperfeiçoamento



Todos estamos ainda muito longe da perfeição, contudo, ninguém vive fora do constante aperfeiçoamento.

Aceita, em Jesus, o Mestre que te aprimora e aproveita a bênção do tempo, mobilizando sentimento e raciocínio, atenção e boa vontade, para que te faças melhor cada dia.

Não podes hoje ostentar a auréola da santidade, mas conseguirás estender, sem entraves, em teu benefício, os recursos da gentileza.

Não podes, sem dúvida, revelar de improviso, a resistência do mártir, ante os sofrimentos que te assaltam a vida; no entanto, é justo te consagres, em favor de ti mesmo, ao culto da disciplina.

Não sustentarás, de inopino, a atitude superior e espontânea da beneficência simples e pura diante daquele que te apunhala com a lâmina invisível da ofensa, mas podes sorrir, contendo os instintos de reação ao preço do esforço supremo de quem sabe que nada existe oculto para a verdadeira justiça.

Realmente, não te será possível a ascensão imediata ao Reino da Luz Eterna, onde a nossa presença decerto nublaria o semblante dos anjos, no entanto, podes ser o apoio firme do lar em que Deus te situa, exercendo aí a bondade e a renúncia, o carinho e o desvelo, o consolo e a paciência incessantes.

Não te creias capaz de trair o espírito de sequência que rege todas as forças e todas as tarefas da natureza. A semente de agora será flor no porvir e a flor de hoje será fruto amanhã.

Disse Jesus: “Sede perfeitos como o Pai Celestial”. (Mt 5:48) Isso não quer dizer que já estejamos habilitados para a Glória Divina, mas sim que, em matéria de aperfeiçoamento, é indispensável tenhamos todos a coragem de começar.




Essa mensagem, diferindo na palavra marcada, foi publicada em agosto de 1958 pela FEB no Reformador e é também a 121ª lição do 1º volume do livro “”