A jovem, pela manhã, procurou o futurólogo e desabafou:
— Tenho sofrido demais. Parece que a má sorte não me perde de vista. Que me aconselha o senhor para ser feliz?
O interpelado indicou o fulgor do Sol nas árvores próximas e replicou, otimista:
— A felicidade mora com o trabalho. Procure servir e conseguirá encontrá-la facilmente…
E apontando para a luz, lá fora, concluiu:
— Lembre-se de que estamos à frente de um dia novo, um dia absolutamente sem igual.
A moça entendeu a advertência, formulada com carinho, entretanto, voltou a indagar:
— Mas o senhor acredita que serei feliz nesta vida?
O experiente amigo sorriu e considerou:
— Filha, isso não sei. Posso dizer-lhe apenas que a vida é uma viagem, cujos episódios dependem de nós e não me consta que já estejamos na vizinhança do porto.
A jovem começou a pensar e o amigo futurólogo deu por finda a entrevista.