Reunião pública de 16-6-1961.
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Afirmas que o progresso, exprimindo felicidade e aprimoramento, é o porto a que te destinas, no mar da experiência terrestre, mas, se cultivas sinceridade e decisão contigo mesmo, abraça o trabalho e a prece, como sendo a embarcação e a bússola do caminho.
Rochedos de incompreensão escondem-se, traiçoeiros, sob a crista das ondas, ameaçando-te a rota.
No entanto, ora e serve.
A prece ilumina.
O trabalho liberta.
Monstros do precipício surgem à tona, inclinando-te à perturbação e ao soçobro.
Contudo, ora e serve.
A prece guia.
O trabalho defende.
Tempestades de aflição aparecem de chofre, vergastando-te o refúgio.
Entretanto, ora e serve.
A prece reanima.
O trabalho restaura.
Companheiros queridos que te suavizavam as agruras da marcha desembarcam nas ilhas de enganoso descanso, deixando-te as mãos sob multiplicados encargos.
Todavia, ora e serve.
A prece consola.
O trabalho sustenta.
Em todos os problemas e circunstâncias que te pareçam superar o quadro das próprias forças, ora e serve.
A prece é silêncio que inspira.
O trabalho é atividade que aperfeiçoa.
O viajor mais importante da Terra também passou pelo oceano do suor e das lágrimas, orando e servindo. Tão escabrosa lhe foi a peregrinação, entre os homens, que não sobrou amigo algum para compartilhar-lhe espontaneamente os júbilos da chegada pelo escaler em forma de cruz. Tão alto, porém, acendeu ele a flama da prece que pôde compreender e desculpar os próprios algozes, e tão devotadamente se consagrou ao trabalho que conseguiu vencer os abismos da morte e voltar aos braços dos amigos vacilantes, como a repetir-lhes em regozijo e vitória: — “Tende bom ânimo! Eu estou aqui.” (Mt