Justiça Divina

Capítulo LXXI

Sirvamos sempre



Reunião pública de 6-11-1961.

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Não apenas nos dias de arrependimento e reparação. Em todas as circunstâncias, o serviço é o antídoto do mal.


Caíste na trama de enganos terríveis e arrepiaste caminho, sonhando reabilitar-te.

Não desperdices a riqueza das horas, amontoando lamentações.

Levanta-te e serve nos lugares onde esparziste a sombra dos próprios erros, e granjearás, na humildade, apoio infalível ao reajuste.


Arrostas duros problemas na vida particular.

Livra-te do fardo inútil da aflição sem proveito.

Reanima-te e serve, no quadro de provações em que te situas, e a diligência funcionará, por tutora prestigiosa, abrindo-te a senda ao concurso fraterno.


Padeces obscura posição no edifício social.

Segue imune ao micróbio da inveja.

Movimenta-te e serve no anonimato e o devotamento surgir-te-á por luminosa escada à subida.


Sofres o assalto de calúnias ferozes.

Esquece a vingança, que seria aviltamento em ti mesmo.

Silencia e serve, olvidando as ofensas, e conquistarás, no perdão com atividade no bem, escudo invencível contra os dardos da injúria.


Suportas afrontoso assédio de Espíritos inferiores, inclinando-te à queda na obsessão.

Abstém-te da queixa improfícua.

Resiste e serve, dedicando-te ao socorro dos que choram em dificuldades maiores, e surpreenderás, na beneficência, o acesso à simpatia e à renovação dos próprios adversários.


Preguiça é ópio das trevas. Os que não trabalham transformam-se facilmente em focos de tédio e ociosidade, revolta e desespero, desequilíbrio e ressentimento, pessimismo e loucura.

Sirvamos sempre. Quem busca realmente servir, nunca dispõe de motivos para se arrepender.