Justiça Divina

Capítulo I

Bom combate



Reunião pública de 20-1-1961.

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Voltando à Pátria Espiritual, depois da morte, estamos frequentemente na condição daquele filho pródigo da parábola, (Lc 15:11) de retorno à casa paterna para a bênção do amor. Emoção do reencontro. Alegria redescoberta.

Entretanto, em plena festa de luz, quase sempre desempenhamos o papel do conviva de cérebro deslumbrado, trazendo espinhos no coração.

Por fora, é o carinho que nos reúne. Por dentro, é o remorso que nos fustiga.

Vanguarda que fulgura. Retaguarda que obscurece.

Êxtase e dor. Esperança e arrependimento.

Reconhecidos às mãos luminosas que nos afagam, muitos de nós sentimos vergonha das mãos sombrias que oferecemos.

E porque a Lei nos infunde respeito à justiça, aspiramos a debitar a nós próprios o necessário burilamento e a suspirada felicidade.

Rogamos, dessa forma, a reencarnação, à guisa de recomeço, buscando a tarefa que interrompemos e a afeição que traímos, o dever esquecido e o compromisso menosprezado, famintos de reajuste.


Agradece, assim, o lugar de prova em que te situas.

Corpo doente, companheiro difícil, parente complexo, chefe amargo e dificuldade constante são oportunidades que se renovam.

Todo título exterior é instrumentação de serviço.

A existência terrestre é o bom combate. (2tm 4:7)

Defeito e imperfeição, débito e culpa são inimigos que nos defrontam.

Aperfeiçoamento individual é a única vitória que não se altera.

E, em toda a parte, o verdadeiro campo de luta somos nós mesmos.