Algema tenebrosa é a carne louca Onde o espírito, em lágrimas, se prende, Perambulando como um triste duende, Bebendo o pus das fístulas da boca. Viver entre os sentidos incompletos, Na existência das coisas fragmentárias, Começando nas dores solitárias, Da vida melancólica dos fetos. Vaso de tegumentos e de humores É o corpo, imagem viva do defunto, O miserabilíssimo transunto Das condições mais tristes e inferiores. Desprezar toda a luz, radiosa e viva Para viver na carne é descer quase Da consciência divina à horrenda fase Da irracionalidade primitiva. Carne!… Nossa amargura original, Antes sobre o planeta nunca houvesse O princípio ancestral da tua espécie, Nos mistérios da Vida Universal… |