Mãos Unidas

Capítulo XXXIV

Vontade de Deus



Quando nos reportamos à vontade de Deus, referimo-nos ao controle da Sabedoria Perfeita que nos rege os destinos. E, observando nossa condição de Espíritos eternos, acalentados pelo Infinito Amor da Criação, ser-nos-á sempre fácil reconhecer as determinações de Deus, em todos os eventos do caminho, a nosso respeito, já que a Divina Providência preceitua para cada um de nós:

saúde e não doença;

trabalho e não ócio;

cultura e não ignorância;

conciliação e não discórdia;

paz e não desequilíbrio;

tolerância e não intransigência;

alegria e não tristeza;

esperança e não desânimo;

conformidade e não desespero;

perdão e não ressentimento;

êxito e não fracasso;

prudência e não temeridade;

coragem e não fraqueza;

fé e não medo destrutivo;

humildade e não subserviência;

intercâmbio e não isolamento;

disciplina e não desordem;

progresso e não atraso;

amor e não indiferença;

vida e não morte.


Se dificuldades, sofrimentos, desacertos e atribulações nos agridem a estrada, são eles criações nossas, repercussões de nossos próprios atos de agora ou do passado, que precisamos desfazer ou vencer, a fim de nos ajustarmos à vontade de Deus, que nos deseja unicamente o Bem, a Felicidade e a Elevação no Melhor que sejamos capazes de receber dos patrimônios da vida, segundo as leis que asseguram a harmonia do Universo.

Eis porque Jesus, exaltando isso, nos ensinou-nos a reafirmar em oração: — “Pai nosso, que se faça a tua vontade, assim na Terra como nos Céus.” (Mt 6:9)




(Anuário Espírita 1971)