Eles chegam de todas as direções, na moldura dos acontecimentos. São eles os outros, nossos irmãos de caminho, que se transformam em caminho para o Mais Alto.
É por eles que a Bondade do Senhor nos encontra, habilitando-nos para isso.
No mundo, repontam no lar por parentes e associados no vínculo doméstico que se nos fazem professores de burilamento espiritual.
São amigos e nos ajudam a executar os encargos de que a vida nos encarrega ou são adversários e nos radiografam os recessos da alma, fixando-nos os mínimos defeitos a fim de que venhamos a corrigi-los.
Aparecem na posição de necessitados, testando-nos o amor e o desprendimento da posse, ou benfeitores que nos estendem o coração e os braços em forma de auxílio, afirmando-nos sem palavras que jamais nos achamos esquecidos de Deus.
É através deles, os outros, que efetivamente somos nós em nós.
Os que brilham na vanguarda estão aptos a instruir-nos e os que se nos situam à retaguarda são aqueles que nos avaliam as possibilidades de auxiliar.
Os mais felizes são aqueles que já trabalham, de algum modo, em favor de muitos ou a benefício de alguém e, por este motivo, são os que constroem.
Os menos felizes são aqueles outros que ainda não conseguem aceitar o valor do trabalho e a felicidade de servir e, por isto, são aqueles que esperam. Todos, porém, somos filhos da Sabedoria Divina necessitados uns dos outros.
Observemos a nossa conduta, diante do próximo, porque, em verdade, os outros nos medem a altura espiritual, no dia a dia, trazendo-nos, segundo as nossas próprias necessidades, o ensinamento da justiça e o socorro da bondade que se derramam das Leis da Vida. E a vida é sempre uma escola para todos, mas urge considerar que são os outros que nos traçam a nota ao progresso e ao merecimento de cada um, no currículo das lições.