Nascer e Renascer

Capítulo VII

Expiação e evolução



O traje tem o tipo da costura a que se filia, mas a pessoa que o veste nada tem de comum com o sinal da fábrica.

O vaso revela o estilo do oleiro, no entanto, o líquido que carrega, não obstante guardar-lhe a contextura, é de essência diversa.

O corpo, igualmente, traz a marca dos pais que o entretecem na oficina da hereditariedade, todavia, o Espírito que o maneja é muito diferente, na constituição psicológica, embora, muitas vezes, lhes comungue as tendências.

Cada criatura renasce, transportando consigo a herança dos próprios atos.

Regenerações e tarefas que a desencarnação interrompe, alcançam recomeço em existência seguinte.

A expiação alinha os quadros de enfermidade e infortúnio que começam do berço e a evolução desdobra realizações e esperanças que se entremostram na meninice.

Justo compreender que há reencarnações, equivalendo a estágios de reajuste e resgate, iniciativa e continuidade, lição e sacrifício, com lutas correspondentes a ministérios e provas, dívidas e créditos, progresso e aperfeiçoamento, recuperação e missão.

A História nos apresenta rapazelhos prodígios, quanto Pascal, escrevendo um tratado das seções cônicas de Euclides, e Mozart, compondo uma ópera, um e outro, antes dos quinze de idade, na experiência física. Hoje como ontem, é possível encontrar, entre menores delinquentes, as mais avançadas vocações para a crueldade, tanto quanto na rua, legiões de pobres crianças empolgadas no desequilíbrio.


Saibamos iluminar a mente infanto-juvenil na chama do conhecimento superior.

Infância é o dia que alvorece. Mocidade é o dia em movimento. Educando-nos, para conseguir educar, conduziremos jovens e adultos à edificação do porvir, através da responsabilidade de viver, porque a morte, por escriturária da Justiça Divina, surgirá para cada um.