Amigos pedem. Atendo. Não lhes posso dizer “não”. Querem eles que eu escreva Alguma apresentação. Quem sou para fazer tanto? Ninguém precisa indagar. Porteiro, seja quem for, Está no próprio lugar. A quem não sabe, esclareço: Este livro claro e forte É um ninho de inteligências Que brilham depois da morte. E que diz o conteúdo? Na essência, ele diz assim: O Bem nos conduz a Deus E a vida nunca tem fim. |
Uberaba, novembro de 1980.
Com defeito a língua solta As críticas e os louvores… Queremos aqui de volta Melhorar nossos pendores. Todos, sem tirar nem pôr, Os mesmos ainda somos, Uns mais curtidos de dor, Resultado do que fomos. É certo que estamos juntos Por diferentes motivos, Promovidos a defuntos, Mais vivos que muitos vivos! Eis que numa só viagem De sentimento e conceito, Juntamos nossa bagagem E vamos de qualquer jeito! |
ADELMAR TAVARES, nasceu em Recife (PE), a 16 de fevereiro de 1888, filho de Francisco Tavares da Silva Cavalcanti e D. Maria Cândida Tavares. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Recife (PE), em 1909. Foi redator do Jornal Pequeno. Passou grande parte da infância numa fazenda, onde rabiscou os primeiros versos. Quando estudante, publicou poesias em jornais e muitas se tornaram populares, recitadas e cantadas em serenatas, às margens do Capiberibe. Estreou nas letras, em 1927, com o livro de poemas Descantes. Transferiu-se para o Rio de Janeiro (GB), e ocupou importantes cargos: professor de Direito Penal, da Faculdade de Direito de Niterói (RJ), e, tendo ingressado na magistratura, chegou a desembargador da Corte de Apelação do Rio de Janeiro (GB), sendo presidente do Tribunal de Justiça, de 1948-1950. Escolhido, em 1926, ocupou a cadeira nº 11, patrono Fagundes Varela, da Academia Brasileira de Letras, em substituição a João Luís Alves. Consagrou-se como trovador, tendo sido eleito, num concurso popular, Príncipe dos Trovadores Brasileiros. Desencarnou a 20 de junho de 1963, no Rio de Janeiro (GB).
Bibliografia: “Descantes” (trovas em colaboração), Recife, 1907. “Luz dos meus olhos”, “Miriam”, Rio de Janeiro, 1912. “Trovas e trovadores”, 1910. “A poesia das violas”, 1921. “Noite cheia de estrelas”, Rio de Janeiro, 1925. “A linda mentira”, 1926. “Poesias”, 1929. “Trovas” (coleção dos Poemas de amor), 1931. “O caminho enluarado”, 1932. “A luz do altar”, 1934. “Poesias completas” (os livros anteriores, com exceção do primeiro, e mais “Calam-se os ninhos”, Rio de Janeiro, s/d). “Poesias escolhidas”, Rio de Janeiro, 1946, “Um ramo de cantigas”, Rio de Janeiro, 1955. Total de obras: 29, entre poesias, ensaios, discursos e estudos jurídicos. (Fonte: “Dicionário Literário Brasileiro”, Raimundo de Menezes, 2ª Edição). — “Luz na Madrugada”, 1ª edição, IDE, págs. 23-24.
, nasceu na cidade do Crato, Ceará, em 1882, e faleceu em 1967. Poeta popular de grande prestígio, ficou famoso a partir da publicação de um folheto, em 30 de outubro de 1923, narrando a “Peleja do Cego Aderaldo com José Pretinho do Tucum”, em sucessivas edições.
, prosador, poeta e teatrólogo, Amaral Ornellas foi, por sete anos consecutivos, secretário da revista “Reformador”, órgão da Federação Espírita Brasileira, e membro da Comissão de Assistência aos Necessitados dessa mesma Casa. Vice-presidente do “Grupo Espírita Fé, Amor e Caridade Agostinho”, instituição de amparo aos doentes do corpo e da alma. Homem bom e extremamente caridoso, deixou, como médium receitista, um nome benquisto por milhares de beneficiados. Na Diretoria de Estatística Comercial foi funcionário distinto e exemplar. Teatrólogo, escreveu várias peças admiráveis, uma das quais, “O Gaturamo”, foi premiada pela Academia Brasileira de Letras. “Em suas poesias” — diz Manuel Quintão, à pág. 181 do Reformador de 1918 — “ele canta serena e dignamente as suas emoções, sem cair em delíquio de exuberância, em malabarismo palavroso.” (Rio de Janeiro, GB, 20 de Outubro de 1885 — Rio de Janeiro, Gb, 5 de Janeiro de 1923.)
Bibliografia: “Poesias” (1ª Série); “Poesias” (2ª Série); “Iluminuras”; etc., além de excelentes trabalhos doutrinários em Reformador e outros órgãos espíritas. — (“Antologia dos 1mortais”, 1ª ed., FEB, págs. 48-49.)
— nasceu no distrito de Surué, Município de Magé, Rio de Janeiro, a 26 de janeiro de 1868, e desencarnou a 2 de abril de 1942. Membro fundador da Academia Fluminense de Letras, onde ocupou a cadeira patrocinada por Alberto de Oliveira.
— nasceu a 12 de setembro de 1876, em Macaíba, Rio Grande do Norte, e desencarnou a 7 de fevereiro de 1901. Deixou um livro de poesia, “O Horto”, e já é numerosa sua produção de caráter mediúnico, principalmente por intermédio de Francisco Cândido Xavier. — (“Luz na Madrugada”, 1ª ed., IDE, pág. 36.)
— nasceu em Recife, Pernambuco, a 12 de março de 1882, e desencarnou no Rio de Janeiro, a 2 de agosto de 1957. Serviu durante mais de vinte anos na Biblioteca Central da Universidade do Brasil. Homem de jornal, redigiu, pelo espaço de 53 anos, a coluna “Pingos e Respingos”, no “Correio da Manhã”, sob o pseudônimo de Cirano & Companhia. Conviveu com Olavo Bilac, Emílio de Menezes, Guimarães Passos, Martins Fontes e outros.
— poeta de estro invulgar, pertenceu o grande lírico à Academia Mineira de Letras. Waltensir Dutra e Fausto Cunha salientaram que Belmiro realizou-se “na quadrinha humorística, na trova sentimental”. Escrevendo sobre o “trovador de Vargem Grande” (Pan. da Poes. Bras., V, p. 981, Fernando Góes declara: “Espontaneidade e simplicidade são, talvez, seus dois traços principais, traços que aliados à emoção fizeram com que mais de um crítico aproximasse sua poesia do lirismo de João de Deus.” Bibliografia: Montesinas, Tarde Florida, Redondilhas, Rosas, etc., (Sítio da Reserva, Vargem Grande, Munic. de Juiz de Fora, MG, 7 de janeiro de 1872 — Juiz de Fora, MG, 31 de março de 1937.) — (“Trovadores do Além”, 2ª ed., FEB, pág. 133.)
— pseudônimo de Augusto Linhares — Nasceu em Baturité, Ceará, a 24 de dezembro de 1879, e desencarnou a 21 de outubro de 1963. Médico, poeta e prosador. Iniciou seus estudos na Bahia e doutorou-se pela Faculdade do Rio de Janeiro. Especializou-se na Universidade de Liverpool e fez cursos nos hospitais de Paris, Bordéus, Viena, Berlim e Nova York. Famoso otorrinolaringologista. Nas letras, sua predileção recaiu na poesia humorística e em prosa seu estilo era alegre e gracioso. Livros: “Oração na Academia”, “Oração ao Apóstolo José de Alencar”, “Dúvidas e afirmações”, “Ora Direis” (versos), “Voltando ao columbiário”, “Raimundo Correia” (polêmica), “Coletânea de poetas cearenses”, “Discos 5oadores” (versos de ironia e bom humor), sob o pseudônimo de Boris Freire.
— Nasceu na 5ila de Coité, hoje Aratuba, Ceará, a 6 de dezembro de 1886, e desencarnou a 11 de março de 1930, em Fortaleza. Deixou os livros: “Tortura de Artista” (1915), “Poemas do Cárcere” (1
923) e “Ânsia Revel” (1929).
— Inspirado poeta, apenas pôde cursar a escola primária. Cegou completamente aos 16 anos de idade, e ainda bem jovem iniciou sua colaboração na imprensa vassourense. Soube, como espírita convicto, amar a Deus, os homens e a si mesmo. Do Centro Espírita “Bezerra de Menezes” foi um dos fundadores. Armando Gonçalves, em “Colar de Pérolas”, exalta-lhe o estro, dizendo logo adiante: “Seus trabalhos poéticos, primorosos na forma e no fundo, são verdadeiras gemas guardadas com muito amor pelos apreciadores da arte.” Bibliografia: a) do homem: Singelos, Aves Implumes, Perispíritos, etc.; b) do Espírito: Cartilha da Natureza, Gotas de Luz, Juca Lambisca, etc. (Vassouras, RJ, 14 de abril de 1880 — Vassouras, RJ, 7 de novembro de 1914.) — (“Trovadores do Além”, 2ª ed., FEB, pág. 134.)
— Nasceu em São Luís do Maranhão, a 8 de outubro de 1863, e desencarnou no Rio de Janeiro, a 10 de maio de 1946. Poeta de grandes raízes populares, notabilizou-se, entre outras obras, como autor do “Luar do Sertão”, ainda hoje peça incluída com frequência no repertório do nosso cancioneiro. Pertenceu à Academia Maranhense de Letras, ocupando a cadeira número nove, de Gonçalves Dias.
, nasceu em Maceió (AL), a 27 de janeiro de 1886, filho de Romualdo da Silva Jucá e D. Maria Gabriela Jucá. Formou-se em Farmácia pela Faculdade de Medicina da Bahia. Diretor do Departamento das Municipalidades, Prefeito da Capital, diretor da Saúde Pública e chefe da Seção da Recebedoria Central, em que se aposentou. Foi um dos fundadores da Academia Alagoana de Letras. Transferiu-se, em 1954, para São Paulo. Participou da criação do Clube dos Estados. Escreveu, em colaboração com o poeta Menezes Júnior, o livro Oásis. Desencarnou na Capital paulista, a 17 de fevereiro de 1966. Bibliografia: “Oásis” (em colaboração com Menezes Júnior). “Os quarenta” (perfis, em versos, dos imortais da Academia Alagoana de Letras, onde ocupava a cadeira de Aristeu Andrade) “Asas de cera” (poemas), Imprensa Oficial, Maceió, AL, 1951. “Alma Lírica do Brasil” (versos). — (“Luz na Madrugada”, 1ª ed., IDE, pág. 44-45.)
— nasceu em Maroim, Sergipe, a 10 de agosto de 1895, transferindo-se para São Paulo, em 1912, onde desencarnou a 29 de abril de 1968. Pertencia às Academias Paulista de Letras e Sergipana. Bibliografia: “Coração Encantado” (1923), “De Mãos Postas” (1926), “Meu Livro de Amor” (1931), “Zabelê” (1940), “Sonata do Desencanto” (1954), “Humildade”, “Mascote” e “O Segredo de Nós Dois”. Deixou, inédita, numerosa produção poética, num total de mais de seis livros em prosa e verso. — (“Luz na Madrugada”, 1ª ed., IDE, pág. 49.)
— natural do antigo distrito da Lapa, no município de Santo Amaro da Purificação, hoje município de Amélia Rodrigues, nasceu a 26 de setembro de 1911 e desencarnou a 18 de agosto de 1970. Com vinte e um anos, estreou na literatura, com o romance “O Alambique”, editado pela Editora José Olympio. Ainda muito jovem, fundou com Jorge Amado, Édison Carneiro, Dias da Costa, João Cordeiro e outros intelectuais de sua geração, sob a orientação do velho poeta baiano Pinheiro Viegas, a Academia dos Rebeldes, que se propunha a ser o instrumento de renovação estética na Bahia dos anos 30. Como poeta, deixou uma grande produção esparsa e inédita, e exerceu com sucesso a sátira, estando incluído entre os grandes epigramistas da terra de Gregório de Matos. — (“Luz na Madrugada”, 1ª ed., IDE, pág. 55.)
— poeta popular por excelência, contista, humorista, jornalista, e conferencista. Espírita convicto, apóstolo do bem. Foram muitas as publicações de S. Paulo e do Rio que receberam a sua colaboração. De sua obra se têm valido alguns escritores, como Amadeu Amaral e outros, para estudos folclóricos. Certos livros de CP têm numerosas edições. Bibliografia: O Monturo, Musa Caipira, Versos, Coisas d’Outro Mundo, etc. (Tietê, SP, 13 de julho de 1884 — S. Paulo, SP, 17 de fevereiro de 1958.) — (“Trovadores do Além”, 2ª ed., FEB, pág. 135-136.)
(José Corrêa da Silva Júnior) nasceu em Pilar, Alagoas, em 21 de janeiro de 1893, e desencarnou em São Paulo, no dia 10 de setembro de 1972. Deixou os seguintes livros de poesias: “Rezas Proibidas”, “Dona do Meu Silêncio”, “Conselhos aos Namorados”, “Alegria do Ser Criança”, “Poesias Infantis”, “Cantigas de Quem te Quer” (trovas), “Poemas Minúsculos”, “Jardim para tuas Mãos” e uma obra em prosa sobre São Francisco de Assis. — (“Luz na Madrugada”, 1ª ed., IDE, pág. 62.)
— nasceu a 8 de março de 1927, em Pinhal, São Paulo, e desencarnou no dia 22 de abril de 1976. Marcam sua poesia os temas simples e humanos e inconfundível espontaneidade. Como pintor, realizou várias exposições em São Paulo. Publicou, em 1949, “Maneco” (poemas) e deixou grande número de poesias inéditas. — (“Luz na Madrugada”, 1ª ed., IDE, pág. 73.)
— nasceu em Campos, Rio de Janeiro, a 18 de abril de 1878, e desencarnou a 12 de março de 1923, em Santo Antônio de Pádua, no mesmo Estado. Poeta, jornalista e advogado, fundou a Folha de Pádua, onde publicou seus versos.
— (pseudônimos: Amorinha e Zé da Rua) — nasceu em Fortaleza, Ceará, a 18 de janeiro de 1883, e desencarnou a 13 de abril de 1920. Sua obra encontra-se esparsa em jornais e revistas. Deixou os folhetins “Poemas de Maio”, que constituem tocante hino religioso.
— nasceu em 12 de julho de 1902, na cidade de Borebi, Estado de S. Paulo. Surgindo-lhe os sintomas do Mal de Hansen, em 1930, internou-se num hospital, daí se transferindo para o Asilo Colônia de Pirapitingui, onde desencarnou, em 16 de fevereiro de 1947, e onde dirigia um Centro Espírita. — (“Parnaso de Além-Túmulo”, 10ª edição, FEB, página 341.)
— (José de Abreu Albano) — poeta de linhagem clássica, sonetista primoroso e trovador de mérito. Professor e diplomata, andou por várias partes do Mundo. No dizer da Antologia Cearense, p. 254, “era um gênio atribulado pela obsessão do perfeito”, deísta e céptico ao mesmo tempo. Bibliografia: Rimas de José Albano, divididas em Redondilhas, Alegoria, Canção a Camões e Ode à Língua Portuguesa; Antologia Poética de José Albano; etc. (Fortaleza, CE, 12 de abril de 1882 — Montauban (Tarn-et-Garone), França, 11 de julho de 1923.) — (“Trovadores do Além”, 2ª ed., FEB, págs. 141-142.)
— nasceu em Serraria, Estado da Paraíba, em 1904, e desencarnou em 1968. Poeta popular e cantador repentista de muita fama no Nordeste, conta-se que quando enfrentava alguém num desafio, se o contendor fazia uns versos bonitos, ele parava a viola, repetia-os e convidava os ouvintes a aplaudir.
— pseudônimo literário de Agnelo Rodrigues de Melo — nasceu a 15 de setembro de 1901, em Lagoa da Canoa, Estado de Alagoas, e desencarnou em São Paulo, a 10 de janeiro de 1979. Poeta e jornalista de grandes méritos, transferiu-se de Maceió para a capital paulista em 1924, onde prosseguiu suas atividades de escritor e homem de imprensa, pela mão de Monteiro Lobato, na “Revista do Brasil”. Fixou-se em “A Gazeta”, aí destacando-se em vários setores, desde as reportagens gerais ao Suplemento Literário, que dirigiu por muitos anos. Publicou, entre outros livros, “Recompensa”, “Desencanto”, “Fascinação”, “Pela mão das estrelas” e “Os que vêm de longe”.
— Pseudônimo literário de Aloísio Lopes Pereira de Carvalho. Poeta humorista e popular, político e jornalista. Co-proprietário e diretor do “Jornal de Notícias”, de Salvador, aí manteve durante 28 anos a sua secção diária de versos. Ocupou na Academia de Letras da Bahia, como um dos fundadores, a cadeira de que é patrono Gregório de Matos Guerra. Bibliografia: Cantando e Rindo, 1ª e 2ª séries, etc. (Salvador, BA, 27 de Março de 1866 — Salvador, BA, 2 de fevereiro de 1942.) — (“Trovadores do Além”, 2ª ed., FEB, págs. 146-147.)
— nome literário de Possidônio Cezimbra Machado. Poeta, jornalista, conferencista e teatrólogo. “Integralmente poeta” — escreve Andrade Muricy — “queria viver no sonho e no mundo da poesia.” Como jornalista, exerceu essa profissão no Rio Grande do Sul e, depois, no Rio de Janeiro, onde sofreu um acidente mortal. Para Luís Correia de Melo, M. Gama foi “um artista munificente do verso”. Bibliografia: Noite de Insônia, Avatar, Via Sacra, Via Sacra e Outros Poemas, onde se reuniu toda a sua produção. (Mostardas, Munic. de São José do Norte, RS, 3 de março de 1878 — Rio de Janeiro, GB, 7 de março de 1915.) — (“Trovadores do Além”, 2ª ed., FEB, pág. 147.)
— (IRMA DE CASTRO ROCHA) nasceu em Mateus Leme, Minas Gerais, em 22 de outubro de 1922, e desencarnou em 1º de outubro de 1946. Professora primária, embora não tenha exercido o magistério. Caracterizava-a um profundo amor pelas pessoas idosas e pelas crianças. Era de formação católica. Conta-nos seu ex-esposo, Arnaldo Rocha, espírita e residente em Brasília, que, certa vez, quando, juntos, liam “Momento em Pequim”, de Lin Yutang, depararam-se com o personagem Meimei. Ele, que até então a tratava de Baby, passou a chamá-la pelo doce nome com que se identifica espiritualmente. — (“Luz na Madrugada”, 1ª ed., IDE, págs. 127-128.)
— fundador da revista “Lotus”, em S. Paulo, onde se formou em Direito. Colaborou no “Petit-Journal”, de Porto Alegre, na “Ilustração Pelotense” e no “Escrínio”, segundo António Carlos Machado. Bibliografia: Hinário, O Brasil e os Estados, Gaúchos, etc. (Cachoeira, RS, 27 de fevereiro de 1880 — Bagé, RS, 21 de dezembro de 1929.) — (“Trovadores do Além”, 2ª ed., FEB, pág. 148.)
— nasceu em 1858, no Estado do Rio Grande do Sul, e desencarnou em 1926. Autor de inúmeras obras literárias. — (“Parnaso de Além-Túmulo”, 10ª edição, FEB, página 435.)
— nasceu em Catende, Pernambuco, em 21 de agosto de 1908, e desencarnou em João Pessoa, Paraíba, em 19 de janeiro de 1971. Foi fundador e primeiro presidente de uma instituição literária intitulada “Academia dos Simples” e colaborou em vários jornais e revistas do Nordeste. Além de poesias esparsas, deixou um livro inédito, “As caveiras e outras elegias”. — (“Luz na Madrugada”, 1ª ed., IDE, pág. 135.)
(Francisco) — nasceu em Frutal, Minas Gerais, a 25 de dezembro de 1922, e desencarnou na mesma cidade, a 8 de novembro de 1976. Trabalhou muito tempo como bancário, exercendo mais tarde várias atividades comerciais. Deixou um livro de poemas inéditos em poder da família e escreveu seu próprio epitáfio, pouco antes de morrer, e mandado gravar em seu túmulo, em que diz no final:
— “Agora vou brincar de despedidas:
Com o lenço branco direi adeus
Ao tempo e ao vento e
… Escreverei ETERNIDADE nos meus olhos.”
— nasceu a 13 de fevereiro de 1924, em Ubaira, Bahia. Deixou os livros “Harpa de Prata” (poemas) e “Poentes do Rio das Contas”, ambos editados em 1948. — (“Luz na Madrugada”, 1ª ed., IDE, pág. 140.)
— nasceu em Bananeiras, Estado da Paraíba, a 18 de fevereiro, e desencarnou a 28 de março de 1951. Professora, lecionou no Instituto de Educação, de João Pessoa, ocupando as cadeiras de Instrução Moral e Cívica e Sociologia do Curso Pedagógico. Também lecionava inglês e violino. Sócia fundadora da Orquestra Sinfônica da Paraíba (violinista). Colaborou em jornais e revistas e deixou em poder da família uma coletânea inédita de versos.
— segundo Luiz Otávio (Meus Irmãos…, p. 243), Oscar B. residiu e trabalhou em S. Fidélis e Cambuci, no Estado do Rio. Na última cidade foi prefeito. Filho de João Batista da Silva e Rita Barroso da Silva. (S. João Nepomuceno, MG, 10 de outubro de 1873 — Desencarnado em 1951.) — (“Trovadores do Além”, 2ª ed., FEB, págs. 148-149.)
— Nasceu na antiga Vila de Uruburetama, atual cidade de Itapagé, Ceará, a 24 de julho de 1875, e desencarnou a 1º de junho de 1943. Pertenceu à Academia Cearense de Letras.
— nasceu na Fazenda Cacimba Nova, município de São José do Egito, Pernambuco, no dia 1º de julho de 1920, e desencarnou no dia 7 de outubro de 1969, no Rio de Janeiro. Poeta e repentista nato, cantou desafio, durante a adolescência, com os maiores violeiros do Nordeste. Mais tarde, formou-se em Letras Clássicas, pela Faculdade de Filosofia do Ceará. Jornalista de grandes méritos, obteve dois prêmios nacionais de reportagem. Foi responsável pelo maior trabalho de divulgação dos poetas populares nordestinos no sul do País, depois de haver realizado um Congresso de Cantadores, no Teatro Santa Isabel, em Recife. Deixou um livro de poesias, “Carne e Alma”, editado por Pongetti, Rio de Janeiro, em 1950. — (“Luz na Madrugada”, 1ª ed., IDE, págs. 169-170.)
— nasceu em Ouro Fino, Minas Gerais, a 2 de agosto de 1934, e desencarnou em São Paulo, a 4 de março de 1967, vítima de atropelamento. Publicou os seguintes livros de poesia: “Papoula dos Sete Reinos”, “Realejo de Minas” e “Crônicas da Noite”.
— (Antônio Fernandes da Silveira Carvalho) — tendo concluído o curso de Direito, no Recife, veio a ser redator do jornal A Província dessa cidade. Rumando para o Rio Grande do Sul, aí advogou por muitos anos e exerceu as funções de juiz de 2ª Entrância, sendo mais tarde nomeado desembargador. Troveiro de mérito. (Recife, Pernambuco, 18 de agosto de 1882 — Rio Grande do Sul, 20 de abril de 1948). Bibliografia: Descantes, trovas; Instantâneos, versos; Postais, versos. — (“Antologia dos 1mortais”, 1ª ed., FEB, páginas 244.)
— Filha do grande poeta sergipano Tobias Barreto de Menezes, nasceu no Recife, PE, em 1882. Desencarnou em 1909, sem deixar livro publicado. A esses dados, fornecidos por Oliveira e Silva em sua Colet. de Poetas Pernambucanos, p. 78, podemos acrescentar que a primorosa sonetista inscreveu seus versos em algumas publicações recifenses, inclusive no “Almanaque Literário Pernambucano”. — (“Trovadores do Além”, 2ª ed., FEB, pág. 153.)
(Antônio Bittencourt) — nasceu em Varginha, Minas Gerais, em 14 de outubro de 1924, e desencarnou em 31 de julho de 1954, em Belo Horizonte. Autor de Rosas do Ermo, Manual de Trovas e vários inéditos. É patrono da cadeira número 3 na Academia Varginense de Letras, fundada pelo poeta e jornalista Edgar de Britto. — (“Luz na Madrugada”, 1ª ed., IDE, pág. 173.)
— bem jovem ainda, viu os pais desencarnarem no sertão cearense assolado pela seca, acompanhando, então, os irmãos rumo a Fortaleza. Só aos 20 anos pôde adquirir alguns conhecimentos da língua vernácula, tornando-se, desde logo, ávido leitor de tudo quanto lhe caía às mãos. Em 1887 estreou na imprensa do Ceará, e foram diversos os periódicos que receberam a sua colaboração. Sócio fundador da “Padaria Espiritual”, em cujo órgão publicou belas poesias, às vezes sob o criptônimo de Frivolino Catavento. Sócio honorário da “Mina Literária”, do Pará, e de outras sociedades literárias. (Arneiroz (Inhamuns), CE, 6 de dezembro de 1865.) — (“Trovadores do Além”, 2ª ed., FEB, págs. 153-154.)
— segundo Antônio Carlos Machado (Col. Poetas Sul-Riog., p. 277), Vivita C. “era um belo e alto temperamento de artista”, acrescentando: “Os seus versos recomendavam-se especialmente pela espontaneidade e singeleza.” Esta “cultora delicada do verso”, na expressão de Luís Correia de Melo, desencarnou em plena mocidade. (Porto Alegre, RS, 12 de abril de 1893 — Vila de Criúva, Munic. de S. Francisco de Paula, RS, 21 de março de 1919.) — (“Trovadores do Além”, 2ª ed., FEB, pág. 154.