Opinião espírita

Capítulo XII

Aplicação espírita




Tudo aquilo que podemos nomear, como sendo a grandeza da civilização, é conjunto de planos experimentados. Educação, ciência, economia e indústria demonstram isso.

Diretrizes modernas do ensino nasceram no pensamento de orientadores que alentam a instrução na Terra; substancializadas pelos professores que lhes hipotecaram confiança, patrocinam agora a generalização da cultura.

Antibióticos eram projetos estanques nas cogitações das autoridades que se dedicam à saúde humana; fabricados pelos cientistas que lhes conferiram o crédito necessário, são hoje o amparo à existência de milhões de pessoas.

Aproveitamentos de áreas desérticas foi simples ideia na cabeça de estudiosos, preocupados em melhorar as condições do povo; utilizada pelos técnicos que lhe consagraram atenção, aumentou recursos e provisões, em benefício da Humanidade.

O automóvel, a princípio, reduzia-se a esboços traçados pelas inteligências, interessadas na solução ao problema das distâncias no mundo; executados por obreiros do progresso que lhes empenharam a própria ação, transfiguraram-se na máquina que atualmente promove a aproximação dos homens, em todas as direções.

Avaliam-se motores.

Praticam-se esportes.

Ensaiam-se bailados.

Testam-se receitas culinárias.

Experimenta-se a qualidade do sabão, aconselhado no programa radiofônico.


A Doutrina Espírita é código de princípios trazidos ao mundo pelos mensageiros do Cristo, objetivando a restauração do Evangelho, cuja vivência, no campo das atividades terrestres, o próprio Cristo demonstrou claramente possível.

Cabe, assim, a nós, os discípulos e seguidores da Nova Revelação — o dever de não interromper-lhe a marcha, no enlevo improdutivo, diante dos fenômenos, e nem paralisar-lhe a força edificante nas conjecturas estéreis, reconhecendo que compete a nós todos a obrigação de incorporá-la à nossa própria vida, de modo a provar que o Espiritismo é a religião natural da verdade e do bem que renova e funciona.




(Psicografia de Francisco C. Xavier)