Traduzindo benevolência por fator de equilíbrio, nas relações humanas, vale confrontar as atitudes infelizes como os obstáculos pesados que afligem o espírito, na caminhada terrestre.
Aprendamos a sinonímia de ordem moral, no dicionário simples da natureza:
Crítica destrutiva — labareda sonora.
Azedume — estrada barrenta.
Irritação — atoleiro comprido.
Indiferença — garoa gelada.
Cólera — desastre à vista.
Calúnia — estocada mortal.
Sarcasmo — pedrada a esmo.
Injúria — espinho infecto.
Queixa repetida — tiririca renitente.
Conversa desnecessária — vento inútil.
Preconceito — fruto bichado.
Gabolice — poeira grossa.
Lisonja — veneno doce.
Engrossamento — armadilha pronta.
Aspereza — casca espinhosa.
Pornografia — pântano aberto.
Despeito — serpente oculta.
Melindre — verme dourado.
Inveja — larva em penca.
Pessimismo — chuva de fel.
Espiritualmente, somos filtros do que somos.
Cada pessoa recebe aquilo que distribui.
Se esperamos pela indulgência alheia, consignemos as manifestações que nos pareçam indesejáveis e, evitando-as com segurança, saberemos cultivar a benevolência, no trato com o próximo, para que a benevolência nos seja auxílio incessante, através dos outros.
(Psicografia de Francisco C. Xavier)