Opinião espírita

Capítulo XXVI

Diretriz evangélica




“Não vos adapteis às conveniências e convenções do mundo, mas transformai-vos pela renovação do entendimento, de modo a conhecerdes os desígnios de Deus, para que a vossa tarefa se faça agradável e útil.

“Aprendei com temperança o que vos convém saber, conforme o grau de vossa fé, porquanto assim como temos em um só corpo vários membros e nem todos eles guardam a mesma função, também nós que somos muitos formamos um só corpo em Cristo, embora sejamos individualmente membros uns dos outros.

“Desse modo, existindo diversos dons, segundo as concessões que nos são dadas, se nos cabe a profecia seja ela praticada, na medida de nossos recursos; se convocados à administração, ocupemo-nos em administrar; se localizados no ensino, devotemo-nos à instrução; os que exortem, usem as suas possibilidades em exortar; os que foram trazidos a repartir, procedam com liberalidade; quem preside, seja prudente; corações chamados ao exercício da misericórdia, empreguem a misericórdia com alegria.

“Entre nós, seja o amor não simulado.

“Esqueçamos o mal, buscando o bem.

“Amai-vos cordialmente uns aos outros com afeto fraternal.

“Não sejais vagarosos na vigilância, afervorai-vos no trabalho, servindo ao Senhor.

“Regozijai-vos na esperança, sede pacientes nas dificuldades, perseverai na oração.

“Amparai os bons, na solução de suas necessidades, sede hospitaleiros.

“Abençoai os que vos perseguem, mantendo-vos solidários e unidos entre vós.

“Não ambicionei situações e posições, para as quais ainda não conseguimos a altura necessária, acomodando-nos à humildade, para que não estejamos alardeando sabedoria que ainda não temos.

“A ninguém, torneis mal por mal.

“Sejamos honestos com as cousas que nos dizem respeito e, se for possível e quanto for possível em nós, tenhamos paz com todos.”


Estas observações, de forma e sentido positivamente espíritas e que parecem grafadas hoje para as lides naturais da pregação e da mediunidade, da propaganda e da ação, dos ideais e das obras de nossas instituições não são nossas e sim do apóstolo Paulo de Tarso, constantes dos versículos dois a dezoito do capítulo décimo-segundo de sua Epístola aos Romanos. (Rm 12:2)

Destacando esta breve página de orientação evangélica, escrita há dezenove séculos, relacionemos as nossas responsabilidades, dentro do Espiritismo, que restaura o Cristianismo, em suas bases puras, e procuremos pensar.




(Psicografia de Francisco C. Xavier)