Tempo é doação da Providência Divina.
Tempo, no entanto, pra quê?
Ocasião para agir e servir, aprender e caminhar para a frente, fazendo o melhor.
Realmente possuímos a valorosa legião dos companheiros que avançam dificilmente pelas escarpas do trabalho, sob fardos de obrigações que carregam com alegria, entretanto, ao nosso lado, temos uma legião muito mais vasta: - a dos companheiros expectantes.
Traçam planos de elevação.
Querem levantar grandes instituições de benemerência.
Criam sugestões renovadoras para as realizações em andamento, sem se voltarem para os setores da ação.
Confessam a realidade de certos fenômenos com que foram defrontados, como que a convidá-los para o exercício do bem.
Relacionam casos familiares que lhes pareceram graves advertências.
Descrevem sonhos admiráveis com que foram favorecidos.
Comentam as relações sociais de que dispõem, junto das quais recolheram avisos e ensinamentos.
No entanto, em seguida a semelhantes alegações, mostram-se desarvorados e indecisos, esquecendo-se de que é indispensável se desloquem na direção das atividades das quais se ergue o bem aos outros, a fim de que os outros lhes forneçam auxílio no momento oportuno.
Quem se encontre imóvel no tempo, recorde que o tempo não para, nem retrocede.
Não hesites.
Inicia a jornada do serviço ao próximo, onde estiveres.
Faze algo.
Desfaze-te de algum pertence de que mais utilizas, a benefício de alguém com necessidades maiores do que as tuas.
Alivia os obstáculos em que algum enfermo se encontre.
Age em favor de alguma criança sem proteção.
Estende, pelo menos, essa ou aquela migalha de apoio às mães desvalidas.
Afirma-nos o Evangelho que a fé sem obras é morta.
Sonha e mentaliza, mas serve e caminha.
Em qualquer crise de existência, conserve a calma construtiva, de vez que os nossos estados mentais são contagiosos e, asserenando os outros, estaremos especialmente agindo em auxílio a nós.