No mundo para vós ainda impreciso Que a ciência da Terra não pondera, Eu via a Morte, em forma de quimera, Como um Anjo de Dor, vago e indeciso. E murmurei: — “Ó Morte, eu bem quisera Que me desses no Nada um paraíso!… Porque, anjo da dor, se faz preciso Da tua espada que nos dilacera?” E ela disse: — “Sou a própria Vida Errante, Que tudo envolve em luz resplandecente, Vida renovadora e triunfante Para que eu leve a alma à Glória Eleita De ser pura e sublime, alva e perfeita, É preciso lutar eternamente!” |
(Soneto recebido em Pedro Leopoldo)