Usa a benevolência tanto quanto puderes, recordando que todos somos necessitados de tolerância.
Ainda mesmo em se tratando de nós outros, os companheiros desencarnados, estamos ainda em áspera luta, por dentro de nós mesmos, buscando a luz do autoaperfeiçoamento.
Muito longe da condição angélica, todos nos amontoamos no pátio das necessidades espirituais, contando com o amparo e a compreensão uns dos outros, a fim de conseguirmos atingir a solução de nossos problemas.
Por isto mesmo, conscientes de nossas próprias realidades, quando estivermos com a palavra em casa, na rua, nos diálogos de serviço ou nos cenáculos da fé, aprendamos a esquecer o mal semeando o bem, para que o bem se fixe entre nós.
Não te reportes a conflitos, a fim de que a paz se estabeleça.
Não condenes os irmãos que suponhas caídos na estrada, porque não sabes se amanhã estarás nas dificuldades em que se encontram.
Desfaze-te de qualquer ideia de racismo e separação, para que a fraternidade te ilumine os pensamentos.
Abstém-te de cultivar ressentimentos e ódios, para que o amor não se te mantenha distante do próprio ambiente.
Evita salientar a delinquência e a crueldade, de modo a que não se te transforme o verbo nessa ou naquela indução infeliz, em algum dos cérebros que te escutam.
Sejamos irmãos uns dos outros, respeitando os opositores que, porventura, não nos compreendam.
E se observarmos irmãos positivamente errados, anotemos as qualidades nobres que já possuem e procuremos vê-los ou interpretá-los através do melhor que nos apresentem, lembrando-nos de que o amor infinito de Deus nos tolera a todos, doando-nos, a cada um, a bênção do tempo, dentro da qual, seguindo de prova em prova e de experiência em experiência, ser-nos-á possível adquirir o passo firme e certo na conquista da perfeição.