De todos os elementos que tentam perturbar as Obras Divinas, os escarnecedores são os mais dignos de piedade fraternal. É que são enfermos pouco suscetíveis de medicação, em vista de serem profundamente ignorantes ou profundamente perversos.
O escarnecedor costuma aproximar-se dos trabalhadores fiéis das ideias novas, exigindo-lhes provas concludentes das afirmações espirituais que lhes constituem a divina base do trabalho no mundo.
É interessante, porém, observar que pedem tudo, sem se disporem a dar coisa alguma.
Querem provas da verdade; contudo, não abandonam as cavernas mentais em que vivem usualmente, nem mesmo para vê-las.
Querem demonstrações espirituais, agarrados, à maneira de vermes, aos fenômenos materiais.
Os infelizes não percebem que se emparedaram no desconhecimento da vida, ou no egoísmo que lhes agrava os instintos perversos. E tocam a rir nos caminhos do mundo, copiando os histriões da irresponsabilidade e da indiferença.
Zombam de todas as reflexões sérias, mofam de todos os ideais do Bem e da Luz… Movimentam nobres patrimônios intelectuais no esforço de destruir e, por vezes, conseguem cavar fundo abismo onde se encontram.
Os aprendizes sinceros do Evangelho devem, todavia, saber que semelhantes desviados andarão na Terra segundo as próprias concupiscências. (2Pe
São expoentes do escárnio, condenados a receber as consequências dele. Por si mesmos já são bastante desventurados.
Se algum dia cruzarem-te o caminho, suporta-os com paciência e entrega-os a Deus.
Reformador maio 1943, p. 105.