Refúgio

Capítulo II

Na obra cristã



Para que nós, os cristãos, não venhamos a falsear a profecia de que somos portadores, é imprescindível nos atenhamos à Obra de Amor e Luz que nos cabe, na concretização dos princípios do Mestre e Senhor, cuja lição levantamos dos velhos sepulcros da letra em que se nos aprisiona a experiência religiosa.

Disse-nos o Senhor:

Não julgueis para que não sejas julgado”. (Mt 7:1)

Isto, decerto, não equivale dizer que é preciso abolir a análise do nosso campo de inteligência, mas, sim, que toda condenação é vinagre no pão da fraternidade com que pretendemos nutrir a concórdia entre os homens.

Asseverou, de outra feita:

Serás medido com medida idêntica a que aplicares a teu irmão”. (Mt 7:1)

Isto também não indica que devemos marchar indiferentes a confrontações e definições, necessárias à elevação de nível do progresso que nos é próprio, mas, sim, que usar as armas da ironia ou da violência, com que somos defrontados no roteiro comum, será o mesmo que atirar petróleo à fogueira, com o propósito de extinguir o incêndio da crueldade.

Lembremo-nos, [pois,] na oficina de trabalho a que fomos conduzidos, [de] que somente amando aos inimigos e auxiliando aos que nos perseguem, através do silêncio digno e da oração espontânea, segundo os ensinamentos do Divino Orientador, [que nos propomos seguir,] é que realmente seremos fiéis à Luz Profética, com que somos chamados a construir a nova Mentalidade Cristã para os Tempos Novos.

Conjuguemos, [assim,] emoções e pensamentos, palavras e atitudes, atos e fatos, num só objetivo: a Obra de genuíno Esclarecimento das Almas, com base em nosso próprio testemunho de serviço e de amor, na certeza de que, se a árvore, no quadro da Natureza, retira do adubo [repelente] a seiva fecundante que lhe assegura a frutescência, em plenitude de substância e beleza, também, nós outros, encravados, ainda, em nossas próprias imperfeições, podemos retirar delas os mais santos recursos de aprendizado, aproveitando-os na consecução da tarefa edificante que nos compete realizar [e] atingindo, por fim, a Verdadeira Comunhão com Aquele que é para nós todos, na Terra, a Luz do Caminho, o Alimento da Verdade e o Brilho Incessante da Vida.




O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original e seu conteúdo, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi psicografada em 03/06/1957 e publicada em 2007 pela editora VL e é a 393ª lição do livro “”.