Reunião pública de 29 de Julho de 1960
de “O Livro dos Médiuns”
Queres ouvir os desencarnados, de maneira correta.
Aspiras a enxergar nos reinos do espírito, sem nenhuma ilusão.
Pretendes cultivar o intercâmbio medianímico, sem leve tisna de engano.
Estendes os braços e esperas por sublimes demonstrações.
Contudo, entre aptidão e experiência há sempre distância igual àquela que existe entre projeto e realidade.
Aptidão é planejamento.
Experiência é dedicação.
A aptidão aponta o professor.
A experiência faz o ensino.
A aptidão indica o tarefeiro.
A experiência cria a obra.
A aptidão sugere.
A experiência edifica.
Em mediunidade, qual acontece em qualquer outro serviço nobre, não há conquista-relâmpago.
Se te propões a engrandecê-la, recorda os operários obscuros da evolução que passaram no mundo, antes de ti, lutando e sofrendo para que encontrasses o caminho melhor.
Nenhum deles ficou na estação do entusiasmo ou na porta do sonho. O suor de semelhantes heróis anônimos transparece das leis com que te garantes, do alimento de que te nutres, da roupa que vestes, da estrada que percorres ou da casa que habitas.
Qualidade mediúnica é talento comum a todos. Mas, exercer a mediunidade como força ativa no ministério do bem é fruto da experiência de quantos lhe esposam a obrigação, por senda de disciplina e trabalho, consagrando-se, dia a dia, a estudar e servir com ela.