Reunião pública de 29 de Agosto de 1960
de “O Livro dos Médiuns”
Em matéria de respeito ao livre-arbítrio, reparemos a conduta do Cristo, junto daqueles que lhe partilham a marcha.
Companheiro de João Batista, não lhe torce a vocação.
Em circunstância alguma encarcera espiritualmente os discípulos em atitudes determinadas.
Ajuda sem pedir adesões.
Ensina sem formular exigências.
Escarnecido em Nazaré, onde fixara moradia, não procura evidenciar-se.
Renova Maria de Magdala, sem constrangê-la.
Não ameaça Nicodemos, porque o doutor da lei não lhe compreenda de pronto a palavra. (Jo
Não exibe poderes divinatórios para impressionar o Sinédrio. (Mt
Permite que Pedro o renegue à vontade. (Mt
Deixa que Judas deserte como deseja. (Mt
Confere a Pilatos e Ântipas pleno direito de decisão.
Não impede que os amigos durmam no horto, enquanto ora em momento grave. (Mt
O cireneu (Mt
E, ainda depois da morte, volvendo ao convívio dos irmãos de ideal, não tem qualquer bravata de interventor. (Lc
Entende as dúvidas de Tomé. (Jo
E quando visita Saulo de Tarso, às portas de Damasco, aparece na condição de um amigo, sem qualquer intuito de violência. (At
Onde surge, o Mestre define a luz e o amor em si mesmo, indicando, no próprio exemplo, o roteiro certo, mas sem coagir pessoa alguma nessa ou naquela resolução.
Quando quiseres verificar se os Espíritos comunicantes são bons e sábios, rememora o padrão de Jesus e perceberás que são realmente sábios e bons se te ajudam a realizar todo o bem com esquecimento de todo o mal, sem te afastarem da responsabilidade de escolheres o teu caminho e de seguires adiante com os próprios pés.