Reunião pública de 28 de Março de 1960
de “O Livro dos Médiuns”
Ante o serviço a fazer, evitemos a escuridão das horas frustradas.
Nós que alongamos os braços, a cada instante, para recolher sustento e proteção, consolo e carinho, saibamos estender igualmente as mãos para auxiliar.
Declaras-te inabilitado a servir.
Entretanto, é buscando servir que te promoves à galeria da confiança.
Afirmas-te em padrão muito baixo para a feitura das boas obras.
Entretanto, é nas boas obras que fulge o caminho da elevação.
Asseveras-te espírito devedor e, por esse motivo, desertas do culto à fraternidade.
Entretanto, é no culto à fraternidade que encontramos recursos ao resgate dos próprios débitos.
Acusas-te entediado e, por isso, renuncias às lutas edificantes.
Entretanto, é nas lutas edificantes que recuperarás a tua alegria.
Haja o que houver, não te proclames inútil.
Há muita gente que se lastima da falta de virtude, para fugir-lhe ao ensinamento, olvidando que, se já fôssemos consciências aprimoradas, ninguém recorreria na Terra ao merecimento da escola.
O vaso simples, se necessário, é mandado ao conserto.
O carro em desajuste recupera-se na oficina.
O móvel quebrado encontra refazimento.
A roupa manchada alimpa-se na água pura.
É impossível, desse modo, que a Divina Sabedoria não dispusesse de meios, a fim de reabilitar-nos.
E, a fim de reabilitar-nos, deu-nos a cada um a possibilidade de auxílio aos outros.
Todos temos, portanto, no trabalho do bem, nosso grande remédio.
Se caíste, surgirá ele como apoio em que te levantes.
Se amargurado, ser-te-á reconforto.
Se erraste, dar-te-á corrigenda.
Se ignoras, abençoar-te-á por lição.
Deus sabe que todos nós, encarnados e desencarnados em serviço na Terra, somos ainda Espíritos imperfeitos, mas concedeu-nos o trabalho do bem, que podemos desenvolver e sublimar, segundo a nossa vontade, para que a nossa vida se aperfeiçoe.