Seara dos Médiuns

Capítulo XLVI

União



Reunião pública de 24 de Junho de 1960

de “O Livro dos Médiuns”


Compadece-te e ajuda, a fim de que possas servir na união para o bem.

Não fosse a bondade do lavrador que ampara a semente seca, não receberias na mesa o conforto do pão.

Não fosse o trabalho do operário que assenta tijolo por tijolo, não disporias de segurança, no alicerce do próprio lar.

Isso acontece nos elementos mais simples. Repara, porém, a atitude da vida para que ninguém falte à comunhão do progresso.


Não condena ela o paralítico porque não ande.

Dá cadeira de rodas.


Não malsina os olhos enfermos.

Brune lentes protetoras.


Não relega os mutilados à própria sorte.

Faz recursos mecânicos.


Não se revolta contra os ignorantes que lhe torcem as diretrizes.

Acende a luz da escola.


Não aniquila os loucos que lhe injuriam as leis.

Acolhe-os generosamente no regaço do hospício.


Imitando o sentimento da vida, sejamos, uns para os outros, quando preciso, a muleta e o remédio.

Olvidemos os defeitos do próximo, na certeza de que todos nos encontramos sob o malho das horas, na bigorna da experiência.

Tolerância é o cimento da união ideal. E só a união faz a força.

Entretanto, há força e força.

Reúnem-se milhões de gotas e criam a fonte. Congregam-se milhões de fagulhas e formam o incêndio.

Pensa um pouco e entenderás que é sempre muito fácil ajuntar os interesses da Terra e fazer a união para o bem da força, mas apenas entesourando as qualidades do Cristo na própria alma é que nos será possível, em verdade, fazer a união para a força do bem.