Reunião pública de 19 de Agosto de 1960
de “O Livro dos Médiuns”
Fugindo à mediunidade, muita gente acaba alegando:
— Não suporto o labirinto de opiniões.
— A divergência está em toda parte.
— É muita exigência.
— Tentei, mas não pude.
— Não sou cobaia.
— Aguente quem quiser.
— Não quero complicações.
— É luta demais.
E acrescenta:
— Deus não castiga. E não é por eu deixar a mediunidade que o mundo se tornará pior.
Sim, o Criador não condena as criaturas, mas corrige as criaturas desajustadas, por intermédio de suas leis.
Ele é a Sabedoria Infinita e determina, através da cultura, o erguimento da escola em socorro aos analfabetos, mas não arranca às trevas do espírito quantos se acomodam nas furnas da ignorância.
Ele é a Bondade Infinita e sugere, através da Ciência, a formação do remédio que alivie os doentes, mas não retira a moléstia de quem persiste no abuso.
Ele é o Amor Infinito e patrocina, através da solidariedade, a construção do manicômio em que se abriguem os alienados mentais, mas não suprime a loucura de quem se endividou no desequilíbrio.
Ele é a Compaixão Infinita e estabelece, através do trabalho, os meios necessários à solução de todos os dissabores e obstáculos que se antepõem ao progresso e à tranquilidade do homem, mas não afasta a dificuldade de quem se entrega à preguiça.
É assim que Ele, na Terra de hoje, promove, através da Doutrina Espírita, todos os recursos precisos a que te dediques, com êxito, à sagrada missão da mediunidade, em teu próprio favor, mas, se desertas da obrigação, o resultado de semelhante atitude é problema contigo.