Reunião pública de 22 de Agosto de 1960
de “O Livro dos Médiuns”
Para cooperar na mediunidade, a serviço do bem, não deves esperar que os instrutores desencarnados te impulsionem as peças orgânicas, como se fosses um fardo movido a guindaste.
No reino da alma, o trabalhador, conquanto precise de inspiração, não pode considerar-se mola inerte.
Indiscutivelmente, o mecanismo espontâneo é nota destacada e importante, à feição de novidade para a convicção; contudo, as edificações do sentimento e da ideia exigem a vigilância da consciência.
Por isso mesmo, em qualquer condição da força medianímica, podes colaborar com as Inteligências superiores, domiciliadas na 5ida Maior, em favor do progresso humano.
Se tens dificuldade para compreender-nos a assertiva, repara os campos de ação da própria Terra, em que o serviço dinamiza a responsabilidade nos mais diversos graus.
No levantamento do prédio vulgar, o pedreira comum, embora consciente de sua tarefa, trabalha com o espírito dirigente do mestre-de-obras; este trabalha com o espírito do arquiteto que planejou o edifício e o arquiteto trabalha com o espírito do urbanista que institui o gabarito da via pública.
Na escola, o professor de determinada disciplina, embora consciente de sua função, age com o espírito do diretor imediato; o diretor age com o espírito do técnico de ensino e o técnico de ensino age com o espírito das autoridades que presidem os serviços da educação.
Medita no assunto e perceberás que é muito difícil te movimentes sozinho, nesse ou naquele rumo da vida. Em toda parte, pensas e fazes algo sob a influência de alguém.
E, entendendo que todos nos encontramos consideravelmente distantes do bem verdadeiro, não percas tempo perguntando se o bom pensamento te pertence à cabeça.
Recorda, acima de tudo, que o bem puro verte essencialmente de Deus e que os mensageiros de Deus tomar-te-ão sob a tutela do amor, se te dispões a servir.