Reunião pública de 14 de Novembro de 1960
de “O Livro dos Médiuns”
Afirmas, a cada passo, plena confiança nos instrutores espirituais que a todos nos assistem. Neles reconheces os timoneiros da evolução.
Entretanto, não te confies à inércia, atribuindo-lhes no mundo o dever que te cabe.
A usina, conquanto poderosa, não realiza a tarefa da lâmpada.
O oceano, apesar da gigantesco, não atende ao ministério da fonte humilde.
Eles, os obreiros da luz, oferecem planos admiráveis; contudo, aguardam mãos prestimosas para que as boas obras se consolidam.
Auxiliam a enxergar a realidade, mas não dispensam olhos compassivos que adocem a revelação da verdade, para que a verdade não se faça fogo destruidor.
Ajudam a conhecer as pessoas e os problemas, mas pedem ouvidos caridosos que saibam discernir, a fim de que o mal não se levante por flagelo da vida alheia.
Inspiram ideias edificantes, mas rogam corações generosos que lhes detenham a luz.
Apresentam as áreas destinadas à produção do melhor; no entanto, solicitam pés que as procurem na direção do serviço.
Não te digas sem mediunidade para a edificação a fazer, porquanto, se estivéssemos apenas em função de meros fenômenos endereçados à inteligência, não passaríamos de agentes menos responsáveis, sustentando um parque de diversões.
Através da onda de nossos pensamentos, podemos estar em contato incessante com a onda dos pensamentos superiores que vertem dos mensageiros do Cristo, sabendo, assim, conscientemente, a extensão do trabalho que nos compete.
Seja onde for, onde estiveres, és instrumento do bem, chamado à prestação de serviço segundo as necessidades dos que te cercam.
Não te faças, desse modo, indiferente ou desavisado, pois, conforme a antiga sabedoria, “tudo o que fizermos sem fé ou sem boa vontade, sem esforço ou sem sacrifício, não tem qualquer valor ou merecimento, nem neste mundo, nem no outro”.